Esportes
“Não quero me aposentar e ficar com essa imagem no Bagé”, afirma Evandro
Todos sabem da ligação do volante Evandro Moreira, 32 anos, com o Grêmio Esportivo Bagé. Entre idas e vindas, atuou pelo clube entre 2006 e 2019, período que foi um dos ídolos da torcida pela entrega dentro de campo. Entretanto, nos últimos meses, a relação com o Jalde-negro pairava na Justiça. Após a participação na Divisão de Acesso, no primeiro semestre de 2019, Evandro ingressou com uma ação contra o clube, alegando um eventual acidente de trabalho (lesão em treino) e direitos rescisórios. Passado quase um ano, a intenção do jogador é pela retirada do processo.
Em contato com o Jornal MINUANO, o volante confirmou o ato. A justificava do jogador é a identificação que possui com o Bagé. "Sempre fui identificado com o clube. Na época, alguns torcedores até ficaram tristes, pelo jeito com que a minha história com o Bagé estaria se encerrando. Então, falei com meu advogado e manifestei o desejo de retirar a ação. Embora seja um direito, o envolvimento com o clube pesou. Todos sabe que, mesmo sem estar jogando, eu sou torcedor do Bagé. E quando ir ao estádio, quero estar num clima melhor", ressalta.
Vale ressaltar que, desde que saiu do Bagé, Evandro não atuou por mais nenhum clube e optou por trabalhar em outro ramo. Questionado se ainda pretende voltar a jogar profissionalmente, o volante não descarta essa hipótese. "É difícil ter uma previsão com essa pandemia. Ainda estou indeciso, mas tem possibilidade, sim, de voltar a jogar", afirma.
Medida ainda precisa ser oficializada
Componente do Departamento Jurídico do Bagé, Tunai Quintana Pinto afirma que a opção por eventual desistência (ou não) das ações é um assunto particular entre Evandro e o seu advogado. Porém, afirma que ainda não há nada oficial informado nos autos do processo. Ainda por cima, cabe salientar, que diante da pandemia instaurada no país e acometeu todas as áreas, os processos trabalhistas tiveram suas movimentações suspensas, o que prejudicou e prejudica até os dias atuais, o retorno da tramitação normal dos processos no Tribunal Regional de Trabalho (TRT). Ou seja, na prática, ainda é um desejo do atleta. Sobre as reclamações, Tunai afirma que os direitos trabalhistas imprescritos foram pagos dentro do período legal.