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Coordenador regional de Saúde acredita que Bagé sofrerá mudança para bandeira vermelha

Publicada em 14/07/2020
Coordenador regional de Saúde acredita que Bagé sofrerá mudança para bandeira vermelha | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Município vive pior cenário desde início da pandemia

Este final de semana registrou o maior número de confirmações por covid-19 desde o primeiro caso, em março, na Rainha da Fronteira. Entre sexta e domingo, foram mais de 35 confirmações, elevando de 161 casos, na sexta, para 197 no domingo à noite. Além disso, foram registrados dois óbitos na Santa Casa de Caridade de Bagé de pacientes contaminados por coronavírus, sendo uma paciente de Bagé e um idoso de Caçapava do Sul, internado na UTI há mais de 20 dias.
Com a rápida elevação do número de casos, além do registro do segunda e terceira morte por covid-19 na cidade (a primeira foi de uma paciente de Hulha Negra, internada na Santa Casa, que foi a óbito em junho), o coordenador regional de Saúde, Ricardo Necchi, não descarta a possibilidade de que a bandeira do distanciamento controlado da região seja elevada para vermelha, que aponta o maior risco de contaminação. "Na verdade, considero até inevitável essa mudança. Temos, hoje, duas vias de contaminação, de festas que ocorreram na cidade, e já afetaram mais de 70 pessoas. E o número de confirmações relacionadas a estes casos deve passar dos 100 em seguida. Tem muita gente aguardando o resultado dos exames", adianta o médico.
Se houver alteração da atual bandeira, laranja, indicando risco médio, para a vermelha, medidas mais severas devem ser adotadas, de acordo com o protocolo do Governo do Estado, como funcionamento apenas de estabelecimentos que vendem itens essenciais com 50% dos trabalhadores; restaurantes e lancherias ficam proibidos de receber clientes no local, mas podem atender em sistema de tele-entrega, drive-thru e pegue-leve.
Necchi acredita, contudo, que em caso de mudança de bandeira, as medidas mais severas devem ser limitadas apenas a Bagé, que é o foco do aumento de casos na região. Os municípios do entorno devem permanecer com protocolos referentes a bandeira laranja por estarem com um panorama de maior controle.
O que tranquiliza o coordenador regional é que a situação na Santa Casa é bem administrável, no momento. Na UTI há apenas dois pacientes com confirmação de covid-19, sendo um de Bagé e um de São José do Norte, que deu entrada na manhã de ontem. Já nos leitos de isolamento estão internados nove pacientes confirmados com covid-19. "Temos bastante leitos vagos na UTI e no isolamento", garante Necchi.
Sobre o caso do óbito da paciente de 48 anos, internada desde o dia 6 de julho com câncer no útero e suspeita de covid-19, o coordenador destaca que o quadro da neoplasia era "terminal, sem possibilidade de tratamento". Ele conta que a paciente esteve na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e CIOM antes da Santa Casa. Ao chegar, com dores e quadro de insuficiência respiratória, foi encaminhada diretamente para a UTI, onde foi colhido material para o PCR. A paciente faleceu dois dias após a internação, em 8 de julho, contudo a confirmação de covid-19 só chegou ao município no domingo.
Necchi destaca que não é possível atribuir a morte da paciente à covid-19, já que se encontrava em estágio avançado de câncer, mas confirmou a contaminação por covid-19. "Com certeza ela estava contaminada. E isso pode, ou não, ter ocasionado o óbito", diz.

Laranja mantida até 20 de julho
Em live na tarde de ontem, o governador, Eduardo Leite, atualizou a situação das bandeiras do modelo de distanciamento controlado do governo do estado. Bagé permaneceu na bandeira laranja, que indica risco médio de contaminação. Um novo indicativo do distanciamento controlado deve ser divulgado na sexta-feira.

Coronavírus na região
Também houve confirmação de novos casos em Hulha Negra no final de semana, elevando para nove o número de positivados para covid-19 no município vizinho. Os novos casos são referentes à linha de contágio do homem positivado para a covid-19 que trabalha em Hulha Negra e reside em Bagé. Sete pessoas ainda aguardam resultados dos exames PCR, encaminhados para o Laboratório Central - Lacen.
“Estamos alertando desde o início da pandemia para que a população faça o distanciamento social, que lavem bem as mãos, que façam o uso do álcool em gel e que adotem todas as medidas necessárias para evitar o contágio do vírus. O Poder Público vem adotando medidas para controlar a pandemia, mas precisamos muito da ajuda da nossa população para vencer essa batalha invisível. Como Administração Pública, não estamos medindo esforços para vencer essa pandemia”, destaca o prefeito de Hulha Negra, Renato Machado.
Em Candiota, a última confirmação de caso de covid-19 aconteceu na sexta-feira, 10, referente a uma mulher de 45 anos que está hospitalizada, sem informações sobre a linha de contaminação. A cidade registra oito casos confirmados, três deles ativos. Além disso, 21 pessoas aguardam resultado do exame de detecção da covid-19.
Aceguá é o único dos municípios vizinhos que ainda não apresentou casos confirmados da doença. No momento, três suspeitos aguardam resultado do exame, sendo eles relacionados a linha de contágio de um caso confirmado em Bagé. Os perfis dos pacientes são um homem de 20 anos, mulher de 19 anos e uma criança de dois anos. Os três são assintomáticos.
Nota da Sociedade Riograndense de Infectologia alerta para avanço do vírus
Nesta segunda-feira, a Sociedade Riograndense de Infectologia (SRGI) emitiu nota alertando para a ineficácia das medidas que estão sendo tomadas para conter a propagação da pandemia de coronavírus.
A nota aponta que a epidemia está em crescimento acelerado no Estado, culminando no impacto da demanda de atendimento hospitalar, principalmente as Unidades de Terapia Intensiva. "A velocidade de propagação da epidemia gera demanda adicional ao sistema de saúde que já enfrentava sobrecarga prévia ao surgimento da epidemia, impactando na assistência a outras doenças. A diminuição de recursos humanos por adoecimento de profissionais de saúde é uma realidade e agrava ainda mais a situação dos hospitais", destaca o documento.
A SRGI reafirma que é preciso evitar exposições preveníveis à Covid-19, estabelecendo como prioridade a defesa incondicional da vida das pessoas. "Entendemos que as medidas adotadas até o momento serão insuficientes para conter a pandemia que está evoluindo para um grave comprometimento do atendimento de pacientes com COVID-19 e daqueles que apresentam outras doenças", reforça a publicação.
O documento encerra com o pedido por medidas mais rigorosas e organizadas "antes do atingimento do colapso do sistema de saúde, cenário que acarretará diversas mortes evitáveis".

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