Esportes

As polêmicas que envolvem o Gre-Nal e o retorno do Gauchão

O Gauchão está previsto para retornar na quarta-feira que vem, com uma série de polêmicas envolvidas. Pelas regras previstas nas cores das bandeiras que integram o Distanciamento Controlado do RS, nenhuma cidade que contém clube participante estaria apta a liberar partidas de futebol. Algumas, nem mesmo treinamentos. Na melhor das hipóteses dos cenários existentes, apenas treinos físicos, com 25% da capacidade dos elencos.
No entanto, a autonomia concedida às prefeituras abrirão uma grande margem de discussão, provocando, assim, um conflito de interesses entre prefeituras, governo estadual e Federação Gaúcha de Futebol (FGF). E, conforme divulgado até o final da tarde dessa sexta-feira (até fechamento desta edição), a sede do clássico Gre-Nal, que marca o retorno do Gauchão, foi confirmada no estádio Centenário, em Caxias do Sul, no dia 22 (quarta-feira), a partir das 21h30min.
Durante a semana, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., tinha adotado um discurso pouco favorável para que a capital retomasse o futebol, ainda com portões fechados (o que é óbvio na conjuntura atual). E, na tarde dessa sexta-feira, anunciou o veto da hipótese de Grêmio e Inter jogaram em Porto Alegre.
Segundo a Prefeitura da capital, a decisão foi motivada pelo aumento dos casos de covid-19. Em uma semana, Porto Alegre passou de 191 para 251 leitos de UTI ocupados (90,1% da capacidade), e os casos subiram de 5479 para 5860. Já o número de mortes passou de 152 para 192.
Na mesma tarde, a FGF se manifestou, transferindo a partida para Caxias do Sul, que deu aval para retorno do futebol. Além da FGF, também há pressão externa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que já afirmou que as séries A e B do Campeonato Brasileiro vão iniciar em 9 de agosto. E levando em conta o calendário divulgado, se o Gauchão não for completado até a data, dificilmente haveria tempo para ser realizado.
Então, o clássico Gre-Nal e, consequentemente, o Gauchão, retorna com uma série de conflitos, sejam eles de interesses, de determinações e de quem tem mais influência, se são as entidades esportivas ou as repartições públicas.