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Esportes

“Parece que somos invisíveis aos olhos de quem está no controle”, declara Chiquinho Resende

Publicada em 23/07/2020
“Parece que somos invisíveis aos olhos de quem está no controle”, declara Chiquinho Resende | Esportes | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Bajeense busca diálogo com lideranças esportivas e demais autoridades

Fazem mais de quatro meses que a Divisão de Acesso foi paralisada pela pandemia e, até o momento, não há uma resposta se prosseguirá ou irá ser cancelada em definitivo. Recentemente, os protocolos divulgados pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) colocaram em discussão o fato de os clubes terem capacidade de se adaptar às exigências e conseguir firmar os compromissos financeiros, em caso de retorno da competição.
E de fato, a viabilidade da Divisão de Acesso ainda não parece clara. Porém, clubes são apenas uma parte de um universo inteiro que é prejudicado pela pandemia. Ou seja, essa discussão não anula o fato dos jogadores serem os mais prejudicados com tudo isso. E o detalhe: são os principais protagonistas do espetáculo, mas, na maioria das vezes, poucos consultados.
Em busca de mais voz na discussão sobre o futuro da Divisão de Acesso, jogadores começaram a se mobilizar, pelas redes sociais, com uma campanha que pede o retorno da competição. E uma das principais referências desse movimento é o meia bajeense Chiquinho Resende, camisa 10 e ídolo do Inter de Santa Maria. Em entrevista recente para o portal Peleia F.C, do jornalista Tiago Nunes, Chiquinho trouxe declarações impactantes sobre a situação dos atletas que dependem exclusivamente do futebol para sobreviver e sobre a falta de ouvidos para os jogadores. Confira, na íntegra, alguns trechos da entrevista:

Perda salarial

"Não são todos os clubes que mantiveram seus contratos. Alguns rescindiram; outros encaminharam para a Medida Provisória. Mas o que mais me preocupam são os que não estão recebendo nenhuma remuneração. No Inter de Santa Maria, recebemos uma parte do governo e outra do clube. Na realidade, acredito que todos nós perdemos. Claro que são contratos e remunerações diferentes. Há casos de atletas recebendo menos de 50%. Há uma preocupação por parte de todos os jogadores de como sanar seus compromissos como cidadãos. Claro que todas as entidades também estão sofrendo. Patrocinadores também não conseguiram cumprir seus contratos".
"Sou casado, tenho dois filhos. A gente faz uma perspectiva em cima desse recurso. Estamos sofrendo bastante. Creio que em quase sua totalidade, com 99% dos atletas da Divisão de Acesso, o único recurso que se tem é o futebol. Essa redução atrapalhou bastante, mas temos tentado o máximo nos ajudarmos para mantermos o equilíbrio nesse momento de dificuldade".

Comparação com outros segmentos

"Não vamos ser hipócritas em pensar que não vamos correr riscos. Mas creio que o futebol é um dos segmentos com maior segurança. Já vimos shoppings cheios, templos religiosos, comércio, transporte. E eles estão tendo os cuidados necessários, mas não são 100%, assim como o futebol. Porém. Creio que com os protocolos de segurança, de saúde, respeitando à risca tudo que nos for passado, creio que é possível essa retomada".

Cobrança é por definição

"Já estamos aguardando há tempos sem uma conclusão, sem uma ideia clara. Tenho visto que nós, atletas, estamos ficando de lado. Parece que, em certos momentos, estamos nos tornando invisíveis aos olhos daqueles que estão no controle maior. Por isso que temos que nos expor. Temos uma voz, mas não utilizamos em prol da nossa classe. Vimos que seria interessante que todos os atletas expusessem sua opinião, mesmo que muitas vezes não seja compatível com aqueles que pensem de uma forma diferente. Mas isso também está dentro da normalidade de uma sociedade. O que nós temos que chegar é numa conclusão, numa solução, e isso não temos visto no futebol do interior. A nossa luta é para que devolvam nossa dignidade".

Jogadores não são ouvidos

"Parece que os atletas têm sido coniventes com o que tem sido tratado. Na verdade nós só recebemos a informação daquilo que eles querem passar. Todos os dias somos bombardeados com todos os tipos de notícias. Minhas opiniões são bem claras, e está representando a classe dos atletas. Em relação aos protocolos de segurança e de saúde, ao meu ver, os clubes já tiveram tempo suficiente para se prepararem para retornar. A não ser que eles não queiram disputar a competição. Aí já é outro departamento".
"Não estou aqui fazendo demagogia, sendo hipócrita. Acho, sim, que vamos correr risco. Porém, pergunto se todos os segmentos cumpriram à risca o que estão exigindo para o futebol. Eu desejo e quero que a Divisão de Acesso retorna. Que eu possa, junto dos meus colegas, cumprir nossos contratos e, quem sabe, conseguir o Acesso tão sonhado da nossa comunidade".

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