Cidade
Bagé tem status alterado para risco alto de contaminação em atualização do Distanciamento Controlado
Pela primeira vez desde o início do Distanciamento Controlado, proposto pelo Governo do Estado, Bagé foi classificada em bandeira vermelha, que indica alto risco de contaminação. Até então, a Rainha da Fronteira vinha se mantendo em um patamar mais seguro, entre a bandeira amarela (baixo risco) e laranja (médio risco).
O mapa preliminar da 12ª rodada do Distanciamento Controlado volta a trazer mais da metade das 20 regiões do Rio Grande do Sul em bandeira vermelha. De oito regiões classificadas em vermelho na 11ª rodada, o Estado tem, agora, 14 regiões com risco alto para o contágio por coronavírus: Caxias do Sul, Taquara, Canoas, Porto Alegre, Pelotas, Santa Rosa, Santa Cruz do Sul, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Cruz Alta, Bagé, Passo Fundo, Palmeira das Missões e Santo Ângelo.
As regiões de Lajeado, Cachoeira do Sul, Erechim, Ijuí, Uruguaiana e Santa Maria foram enquadradas preliminarmente na bandeira laranja (risco médio). Nos últimos dias, a Rainha da Fronteira apresentou um agravamento de indicadores na região, o que motivou a alteração de status para alto risco.
Importante lembrar que somente na última quinta-feira, foram confirmados 26 novos casos, sendo que 21 deles não tiveram a linha de contágio identificada. Desde a última sexta-feira (17), foram registrados 56 novos casos. Até o fechamento desta edição, Bagé registrava 278 casos confirmados, 184 deles recuperados, 90 em isolamento domiciliar e dois hospitalizados. Ainda aguardavam resultados de exames PCR 283 pessoas.
Pacientes de fora
Nos últimos dias, por conta do agravamento da pandemia, algumas regiões apresentaram altas taxas de ocupação leitos de UTI. Para garantir o acesso qualificado e no tempo oportuno dos pacientes aos leitos de UTI, cabe ao Estado transferir pacientes entre hospitais, inclusive para outra macrorregião, que não a de residência do paciente.
Para avaliar o impacto no cálculo das bandeiras dessas transferências de pacientes entre regiões, a Secretaria de Saúde analisou todas as internações de pacientes fora de sua macrorregião de residência. No entanto, não se observou, mesmo realizando todos os ajustes, modificação do resultado final da bandeira em nenhuma das regiões Covid-19.
Ou seja, na simulação, ajustando os pacientes (cada qual ficando na sua macrorregião de residência), manteve-se as bandeiras na mesma definição de restrição, não havendo alteração da bandeira final. Portanto, o efeito de uma macrorregião atender pacientes de fora não foi determinante para a classificação final em nenhuma das regiões.
Regra 0-0
Os 352 municípios (do total de 497) das 14 regiões que estão preliminarmente classificados em bandeira vermelha somam 9.280.229 habitantes, ou seja, 82% da população gaúcha (11.329.605 habitantes).
Desse total, 181 cidades e seus 1.003.503 habitantes (8,9% da população) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.
Com exceção desses municípios enquadrados na Regra 0-0, as demais prefeituras e associações regionais têm 36 horas – que se encerram às 6h de domingo (26/7) – para apresentarem recurso.
Os pedidos de reconsideração serão avaliados pelas equipes técnicas do governo. A decisão será tomada pelo Gabinete de Crise na segunda-feira (27/7) e, à tarde, o mapa definitivo, vigente a partir de terça (28/7), será divulgado.