Cidade
Sais realiza ação para divulgar a importância da realização de testes rápidos para hepatite
Diante da pandemia do novo coronavírus, a recomendação dos profissionais de saúde é de evitar aglomerações e manter práticas de higiene como forma de proteger a população de contrair a Covid-19. No entanto, é fundamental manter-se protegido contra outras doenças, como é o caso das hepatites B e C, que ganham ainda mais visibilidade no mês de julho, em referência ao Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, comemorada no dia 28 deste mês, também conhecido como #JulhoAmarelo. No mês de conscientização sobre as hepatites virais, o Serviço de Atenção Integral à Sexualidade (Sais) está com dificuldades de realizar atividades que envolvam a população, mas a equipe do Sais está visitando as unidades de saúde, com objetivo de intensificar a prevenção e o controle.
Conforme a coordenadora do Sais, Priscila Lara Romariz, este ano a ação, realizada durante o mês, buscará informar a população sobre as formas de contágio e sobre como se prevenir. “Estamos visitando os postos de saúde da cidade levando material informativo e também distribuindo preservativos para população”, relata.
Segundo Priscila, na próxima semana, a equipe irá realizar atividades na terça e quarta-feira, em frente a dois supermercados. Durante a atividade, haverá ação educativa com distribuição de panfletos e preservativos, além de profissionais de saúde orientando a população sobre a doença.
A coordenadora informa que o total de exames realizados no mês de maio somou 1.376 - desses, duas pessoas positivaram para hepatite B e uma para hepatite C. Já em junho, o número de testes chegou a 1.412 e foram positivadas quatro pessoas para o tipo C, todas no Sais. “Para fazer o teste, basta ir no Sais ou nos postos e solicitar. É realizada uma ficha de atendimento para a testagem”, detalhou.
Doença silenciosa
A hepatite consiste na inflamação do fígado. Nem sempre as hepatites apresentam sintomas, porém, os mais comuns são olhos e pele amarelados, cansaço, febre, mal-estar, tontura, vômitos, dor abdominal, urina escura e fezes claras. Os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B e C.
Transmissão
Hepatite B: É transmitida pelo sangue e/ou nas relações sexuais sem preservativo. É possível contrair a doença por meio do compartilhamento de objetos como agulhas e seringas, lâminas de barbear, materiais cirúrgicos e odontológicos, materiais de manicure sem adequada esterilização ou por meio de materiais para confecção de tatuagens e colocação de piercings. É causada pela infecção do HBV, que pode causar grave dano hepático, cirrose e câncer no fígado e ainda levar à morte quando não controlada adequadamente. Existe uma vacina indicada para adultos ou crianças, em três doses, e está disponível no Sistema Único de Saúde. Embora ainda não exista cura para a hepatite B crônica, há tratamento que interrompe a progressão da doença e reduz o risco de complicações, além de diminuir a possibilidade de transmissão.
Hepatite C: Já o vírus da Hepatite C (HCV) é o mais perigoso e continua registrando o maior número de casos no Brasil: 11,9 para cada 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde, podendo evoluir para cirrose, câncer de fígado e até mesmo levando à necessidade de um transplante. A estimativa é de que, no país, mais de 700 mil pessoas tenham a doença, sendo que a maioria não sabe que convive com ela.É transmitida pelo sangue, uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas e canudos de inalação e materiais perfurocortantes contaminados. Quem recebeu transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993 deve fazer o teste.
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