Segurança
"Será cobrado o uso de máscara e quem não tiver usando receberá multa", garante coordenador da Vigilância
As ações integradas de combate ao coronavírus, em Bagé, serão mais rígidas ao longo dos próximos dias, a exemplo de medidas adotadas no final de semana passado. De acordo com o coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, "a fiscalização vai ser diferente".
Em conversa com a reportagem do JM, Gomes reiterou que a aplicação de multa pelo não uso de máscara deve ser uma cobrança constante. "Já fomos mais enérgicos e, agora, durante a semana, seremos também. Na parte central, será cobrado o uso de máscara e quem não tiver usando receberá multa no CPF”, afirmou.
A declaração ocorre após a implementação de maior rigor nas operações. Gomes relatou que, no sábado (25), o serviço de acompanhamento foi considerado tranquilo, sem casos considerados graves e poucas pessoas abordadas pelo descumprimento do decreto. Porém, no domingo (26), o panorama mudou. Muitas denúncias foram registradas, principalmente, nos bairros da cidade. Os casos mais graves ocorreram no bairro São Bernardo e em Santa Thereza, ambos por aglomerações. No centro, muitas abordagens foram realizadas. Inclusive, pela primeira vez, um homem chegou a ser levado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento após negar-se a assinar um Termo Circunstanciado depois de ser flagrado sem máscara e bebendo em via pública - o que não é autorizado na atualidade, na cidade.
Gomes argumenta que o atual cenário, de desobediência às regras implementadas mesmo diante de um aumento de casos de coronavírus no município é uma "falta de consideração e respeito". “Claro que nos deixa muito tristes. Falta de amor ao próximo. As pessoas que estão nas ruas não lembram que tem um avô em casa, um filho em casa, um irmão pequeno. A pessoa está na rua e levando o vírus para dentro de casa, parece que é uma luta em vão. Enquanto nós poderíamos estar em casa, nós, da saúde, com nossas famílias. Eu mesmo contraí o vírus, me curei. Tem pessoas que têm complicações maiores e isso nos entristece, mas não será por esse motivo que vamos esmorecer. O trabalho vai continuar e vamos fazer o que for possível para proteger a saúde da comunidade”, afirmou.