Campo e Negócios
Mais de 1,5 mil inscritos acompanharam versão on-line do Simpósio Produção de Soja na Região da Campanha
Durante a noite de terça-feira (28), participantes de vários estados brasileiros e até mesmo de outros países estiveram conectados na plataforma que transmitiu o 7° Simpósio Produção de Soja na Região da Campanha. A organização do evento confirmou a inscrição de aproximadamente 1,5 mil participantes, destes, mais de 460 se mantiveram on-line durante as quase duas horas de evento.
Para Geraldo Brossard Corrêa de Mello, presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé, entidade promotora do Simpósio desde a primeira edição, todas as expectativas com relação à realização do evento foram superadas. "Não sabíamos se haveria adesão; é a primeira vez que realizamos um evento totalmente online, mas os participantes comprovaram que isso não foi um empecilho, muito pelo contrário, possibilitou que pessoas do mundo inteiro pudessem participar e ouvir as excelentes palestras programadas para esta sétima edição", afirmou o presidente.
O Simpósio Produção de Soja foi conduzido pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira, que elogiou a comissão organizadora pela iniciativa de manter o evento na programação do ano da entidade, assim como destacou a escolha dos palestrantes: "Dois grandes produtores rurais, com expressivos números de produção de sacas de soja por hectare", comentou ele.
Quem começou falando foi o produtor rural Sérgio Augusto Giuliani Filho, que é Diretor Geral da Formosa Agropecuária e Diretor Comercial da Formosa Sementes, localizadas em São Gabriel. Sérgio mostrou a realidade da sua propriedade rural, desde a gestão, passando pela valorização dos colaboradores, até o planejamento das áreas cultivadas de soja e arroz.
O produtor afirmou que nos últimos oito anos a propriedade tem colhido, em média, 235 sacas de soja por hectare, e isso se deve a uma série de decisões, tais como: ter pessoas motivadas trabalhando, época de semeadura, escolha de cultivares certificadas, vigor da semente, adubação por cultivar, irrigação eficiente, e 100% resteva de soja. Além disso, ele mencionou que todo e qualquer negócio empresarial exige a busca constante por informação e, também, investimentos. "O negócio não aceita erros por falta de conhecimento, por isso, investimos em consultorias especializadas, que nos ajudam na condução de vários setores da propriedade", enfatizou Sérgio.
Na sequência, falou o engenheiro agrônomo Mauricio de Bortoli, produtor rural em Cruz Alta e bicampeão nacional do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. Maurício apresentou alguns conceitos iniciais, que orientam seu formato de gestão da propriedade rural. Para ele, os fundamentos da produtividade são: clima, solo, genética e manejo. "Sabemos que 50% da safra está atrelado ao clima, e não temos como mudar isso. Porém, os outros 50% só dependem de nós, e estão distribuídos em solo, genética e manejo", disse ele, que junto à família, administra a renomada Sementes Aurora, que atua na produção e comercialização de sementes de soja, trigo e milho.
Maurício já venceu duas vezes o Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja, em 2013 e 2019, sendo que no ano passado sua produção alcançou 123,9 sacas de soja por hectare.
O 7º Simpósio Produção de Soja na Região da Campanha contou com o apoio de grandes empresas parceiras, como Basf e Corteva, e teve à frente de sua organização o diretor da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Felipe Dias.