Cidade
Revisão do projeto da barragem da Arvorezinha prevê reserva hídrica na primeira fase
O projeto apresentado pelo prefeito Divaldo Lara, do PTB, ao presidente da República, Jair Bolsonaro, para retomada da obra da barragem da Arvorezinha, traz a assinatura do superintendente Operacional do Departamento de Água, Arroios e Esgotos de Bagé (Daeb), o engenheiro Emílio Mansur. A proposta prevê a agilização da execução do reservatório, com prazo de sete meses para a conclusão.
Mansur relata que apresentou, inicialmente ao prefeito, junto com o então diretor-geral do Daeb, Márcio Pestana, a proposta de usar os recursos já liberados de maneira que, quando concluído, a reserva hídrica pudesse abastecer e tirar Bagé de uma situação de racionamento. "O que fiz, após vários estudos, foi alterar o plano de trabalho que inicialmente começava pelo barramento. Agora, propus fazer primeiro o canal de aproximação", detalha.
Na agenda do atual diretor do Departamento, Eduardo Mendes, em Brasília, junto ao prefeito, o projeto foi apresentado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que o aprovou. A proposta, então, foi apresentada ao Exército, que está estudando a possibilidade de executar a obra, com prazo de sete meses previsto.
Mansur relata que, mesmo que o Exército não possa executar o projeto, o Daeb já está trabalhando para liberar as licenças ambientais e, na sequência, abrir licitação para contratação de uma empresa que o faça.
A obra, que foi iniciada em 2010, paralisou em 2013, somando sete anos sem nenhuma execução no local. Com valor total de R$ 85 milhões, já descontados os serviços realizados, ainda conta com recurso disponível de R$ 20 milhões. O projeto total, após a finalização, prevê uma reserva hídrica de 18 milhões de metros cúbicos (m³).
O superintendente Operacional do Daeb se debruçou sobre a seguinte questão: "Como fazer com que este recurso (R$ 20 milhões) resolva de imediato o problema da seca na cidade?". Então, o engenheiro apresentou a seguinte solução: realizar um novo planejamento, com o limite de R$ 20 milhões disponíveis, mas que a obra realizada seja a solução por até duas décadas para Bagé. "Portanto, uma solução imediata para o crônico problema de disponibilidade de água potável em Bagé", analisa.
A alternativa apresentada pelo superintendente operacional do Departamento, que foi aprovada pela empresa revisora do projeto, prevê a execução da barragem por fases, garantindo, já na primeira fase, uma reserva hídrica significativa, com possibilidade de realizar todas as fases da barragem, o projeto por inteiro, caso os recursos sejam disponibilizados. Após a execução desta primeira fase, o volume acrescido nas reservas hídricas totalizaria 7.010.574,21 m³, passando a representar, 195 dias de abastecimento ou 6,5 meses sem chuva.
"Anteriormente, a obra estava sendo executada de maneira por inteira, barramento, canais, vertedouros, ensecadeira. Com este novo plano de trabalho, já na primeira fase, será possível termos uma reservatório de 2,8 milhões de m³ de água. Isto é maior que a Sanga Rasa, que possui reserva de 2,6 milhões de m³. Este volume de água seria suficiente para resolver por, pelo menos, duas décadas o problema da estiagem em nossa cidade", aponta.