Especial 100 Anos Jalde-Negro
O dia em que Pelé pisou no Pedra Moura
É isso mesmo. O Rei do Futebol deu sua bênção no gramado do Pedra Moura. E talvez nem ele soubesse, na época, tudo que conquistaria pela frente. Essa história integra o livro “Primazias de Bagé – Um guia incompleto”, dos pesquisadores Cláudio Lemieszeck e Elida Garcia.
A história se passa em 24 de março de 1957. O Santos acabava de vir de um bicampeonato paulista e era uma das sensações do futebol brasileiro. Naquele mês, decidiu realizar uma excursão pelo Rio Grande do Sul. No caminho pela estrada, enfrentou Grêmio, Renner, Juventude, Pelotas até parar na Rainha da Fronteira, onde duelou contra um combinado constituído por jogadores de Bagé e Guarany.
E nesse time, havia um menino de 16 anos, que mal imaginavam os boleiros que, em um ano, conquistaria o primeiro título mundial da Seleção Brasileira. É ele mesmo, senhores: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Mas na época, ainda dava seus primeiros passos, tanto que era reserva de Del Vechio, então astro do Santos.
Com um Pedra Moura lotado, Del Vechio jogou alguns minutos e foi substituído por Pelé, sob vaias da torcida. Conforme relatos da época, os torcedores se decepcionaram, pois eles queriam ver mais do astro Del Vechio.
E logo que aquele menino entrou em campo, em pouco tempo, mostrou para que veio. Pelé recebeu na intermediária, avançou, driblou dois zagueiros e estufou as redes do Pedra Moura. Segundo o livro, este foi o quarto gol na carreira profissional de Pelé, e o primeiro marcado no Rio Grande do Sul.
Em seguida, os bajeenses empataram a partida, fechando o 1 a 1. Participaram do combinado Ba-Gua grandes nomes, muitos deles, com carreira nacional nos anos seguintes: Leo, Bataclan, Carioca, Saulzinho, Ataíde, Barradinhas, Calvete, Max, Sérgio e Luís.