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Fogo Cruzado

Pré-candidato do Podemos defende participação efetiva da sociedade na administração municipal

Publicada em 08/08/2020
Pré-candidato do Podemos defende participação efetiva da sociedade na administração municipal | Fogo Cruzado | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Alagia destaca projeto político com foco direcionado ao cidadão

Para o pré-candidato do Podemos à Prefeitura de Bagé, o empresário Gilberto Alagia, 65 anos, o poder público precisa direcionar atenções para a qualidade de vida dos cidadãos. O caminho para alcançar o objetivo defendido pelo representante da legenda passa pela revisão de impostos, pela valorização dos servidores públicos e pela abertura de espaço para a participação da sociedade na administração municipal.
A representação do Podemos é novidade na disputa pela Prefeitura. Alagia também é estreante no pleito. “Trabalho com comércio a vida inteira, praticamente. Nunca tinha pensado em me envolver com política partidária. Sempre fiz política de classe. Mas o cenário político nacional, com a Lava Jato e os escândalos de corrupção, que refletem diretamente na vida de todos, fez com que começasse a pensar o quanto somos responsáveis por não termos participado do processo político dentro do espaço que nos é permitido. Aqui na cidade, o cenário político também fez com que a gente começasse a olhar de outra forma”, explica.
O pré-candidato revela o interesse pela política partidária foi alimentado pela percepção de que o cidadão pode influenciar, mas não tem todo o poder de decisão. Alagia destaca que o sentimento surgiu quando participou de reuniões com representações do governo municipal, para tratar demandas associadas à carga tributária, após a formalização de reajustes nos alvarás e da Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública no Município (CIP). “Tivemos muitas reuniões com o poder público, com o objetivo de ajudar, de trocar ideia, mas não fomos bem-sucedidos. Então, começamos a pensar seriamente em participar do processo político”, pontua.


Foco no cidadão
Defendendo o que define como nova cultura política, Alagia trabalha um programa de gestão com foco no desenvolvimento econômico e social. “O cidadão precisa ser o centro de interesse da gestão. O objetivo de uma administração deve ser a melhoria da qualidade de vida das pessoas. E a sociedade inteira deve estar comprometida com isso. Temos que transformar isso numa nova cultura, o que envolve rever a função do político, como agente que atua para gerar a qualidade de vida. Entendo que o foco tem que ser o cidadão. E isso nos motivou a encarar uma pré-candidatura e uma discussão profunda sobre a realidade da cidade”, destaca.
O pré-candidato considera que o cidadão passou a ser enxergado apenas como contribuinte. “Agora está saindo a reforma tributária do governo do Estado. Nada mais é do que um pacote de aumento de impostos. De novo, o cidadão está sendo renegado para segundo plano e o Estado sendo colocado no centro da atenção. Vamos ter uma sociedade cada vez mais pobre, num formato de tributação que onera produção e consumo, e prejudica fundamentalmente as pessoas com menor poder aquisitivo. Precisamos inverter o processo. O cidadão tem que ter acesso, no mínimo, às coisas básicas. Isso envolve o acesso à alimentação, à saúde e à educação”, enumera.
Na prática, o deslocamento do cidadão para o centro da atenção política, na perspectiva defendida por Alagia, pressupõe colocar 'o interesse da sociedade muito acima dos interesses ideológicos'. “Muito mais importante do que o que eu penso ou sobre ideologias partidárias, é o bem estar do cidadão. Um governo tem que trabalhar para ter a maioria de cidadãos de classe média e não uma maioria de pobres. O pensamento do governo tem que ser voltado para o cidadão com o objetivo de criar as condições para que as pessoas tenham a sonhada qualidade de vida”, pondera.
Alagia aponta, como caminho para alcançar o conceito de qualidade elencado pelo Podemos, uma mudança no paradigma de gestão. “A cidade tem uma boa arrecadação. Precisa, fundamentalmente, de uma administração séria, focada naquilo que realmente é importante para o desenvolvimento. Está mais do que na hora de entendermos que podemos fazer muito mais por Bagé do que o que tem sido feito nas últimas décadas. Podemos ser mais felizes, construindo a perspectiva de um futuro melhor”, avalia.


Prioridade na saúde
Ocupando lugar de destaque no programa de gestão trabalhado por Alagia, a área da saúde apresenta uma demanda prioritária. “Bagé tem um índice alto de mortalidade infantil. É o maior da região. Se fosse relacionado ao coronavírus, a cidade já estaria em bandeira preta. Só que ninguém fala no assunto”, critica.
O pré-candidato classifica a redução do índice de mortalidade como uma prioridade. “Devemos ter, como secretário da Saúde, o melhor nome que tivermos à disposição na cidade. Precisamos olhar para esta questão da mortalidade com atenção total e reduzir para muito menos da metade do que registramos hoje”, salienta.


Projeto para educação
O pré-candidato do Podemos trabalha uma proposta específica para a Educação, qualificada, por ele, como ambiciosa. “Nosso projeto inclui a escola em tempo integral. Estamos em uma cidade muito pobre. Bagé precisa avaliar a possibilidade de termos este tipo de escola, em que a criança entre às 8h e saía às 18h, com uma boa orientação. Precisamos fazer isso, criando condições para que as pessoas de baixa renda, principalmente, tenham acesso à educação de qualidade, para que se preparem para o mercado de trabalho e tenham uma perspectiva de futuro. Isso começa seguramente pela educação”, relaciona.


Desenvolvimento econômico
A criação da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (Ride), proposta pelo senador Lasier Martins, do Podemos gaúcho, é encarada, por Alagia, como o 'começo da solução dos problemas sociais da Metade Sul e de Bagé'. “É uma nova visão de desenvolvimento”, define.
O projeto foi aprovado pelo Senado e por todas as Comissões da Câmara dos Deputados. “Só não foi votado em plenário, ainda, por conta da pandemia, mas tem tudo para ser aprovado. A Ride está na Constituição como uma alternativa para regiões deprimidas economicamente, que estejam longe dos grandes centros de consumo e que precisam do apoio do Estado para se desenvolver. Acho que o presidente também não vai ter problema em sancionar, porque vamos precisar criar zonas de desenvolvimento para tentar reerguer a economia nacional. Aí caberá aos prefeitos o trabalho de buscar os negócios”, pontua.
Alagia acredita que, com a Ride, a Metade Sul do Estado 'passa a ter um caminho propício ao desenvolvimento econômico'. “Empresas que se estabelecerem aqui terão tratamento tributário diferenciado, o que vai fazer com que muitos empresários se interessem pela região. Hoje, um dos grandes impeditivos para que as empresas se desenvolvam é o excesso de carga tributária. Para um empresário, é muito melhor montar o negócio em uma região com tratamento diferenciado de impostos, porque tem mais possibilidade de dar certo, do que numa região em que começa pagando como todo mundo paga. Vejo a Ride como a grande proposta de redenção econômica da Metade Sul. Passando este projeto, vamos abraçar com unhas e dentes”, garante.


Agenda de revisão
No terreno da gestão de receitas, a agenda do Podemos inclui uma ampla revisão, abrangendo a alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS), os valores dos alvarás de licença de localização e da CIP. “Temos que estudar muitas questões que estão onerando as pessoas e tirando o poder aquisitivo das famílias bajeenses”, justifica.
A pauta apresentada por Alagia contempla, ainda, a redução dos cargos de confiança (CC's) da gestão municipal. “Esta revisão é fundamental. Acho que não pode ter o volume de CC's que tem hoje. Onera demais o município. O que precisamos é fazer sobrar dinheiro para investimento, para cuidar das ruas e da saúde”, exemplifica.


Construção política
O Podemos, de acordo com Alagia, não descarta coligações. O partido, porém, tende a evitar os extremos. “Temos um pensamento político e é preciso colocá-lo em prática. Mas, para isso, tem que ganhar a eleição. E para ganhar a eleição, precisa coligar com um partido que tenha afinidade. Hoje, na verdade, os discursos radicais de extrema direita e de extrema esquerda são os discursos que dividem a sociedade”, avalia, ao revelar a percepção, como contraponto aos extremos, de que as siglas de centro-direita e de centro-esquerda têm muitos assuntos convergentes.
Alagia reconhece que a construção política do Podemos considera a organização de uma frente multipartidária. “Acho que é fundamental. Acho que esse é um caminho que tem que ser perseguido, inclusive. Se pensamos em Bagé como um todo, não podemos seccionar a sociedade. Isso não é um Ba-Gua. É um trabalho visando uma cidade com perspectiva de desenvolvimento econômico e social. E nisso é importantíssima a participação de vários partidos. Estamos trabalhando nisso”, reforça.


Estrutura de governo
Para Alagia, 'o governo tem que ser do tamanho correto'. “Nem mínimo, nem inchado”, pondera. “Acho que é possível diminuir o número de secretarias, considerando o panorama atual. Não sei se geraria uma economia que teria reflexo grande no caixa, mas precisamos olhar com bastante atenção”, considera.
O pré-candidato do Podemos também menciona 'uma reforma administrativa focada no enxugamento da máquina pública'. “E para que isso ocorra, com eficiência, precisamos trabalhar pela valorização do funcionário público. É importantíssimo. E temos um projeto para isso, que envolve ter um setor de RH muito forte, ouvindo as pessoas. Ninguém conhece mais o funcionamento da máquina pública do que o funcionário público. Então, precisamos dar ao funcionário a atenção que merece”, explica.
A valorização mencionada por Alagia envolve, inclusive, a política salarial, tema que tem ocupado lugar de destaque no debate político bajeense. “Os servidores estão há quatro anos sem aumento e temos que olhar essa situação com bastante atenção. Toda a sociedade precisa olhar. Cabe ao gestor sentar com os funcionários e construir uma solução, mostrando a realidade do município e vendo o que é possível fazer”, argumenta.


Participação
Associações que representam setores da sociedade têm lugar de destaque no planejamento do Podemos, com a perspectiva de indicação de secretários para pastas estratégicas, a exemplo da secretaria de Desenvolvimento Econômico e da secretaria de Desenvolvimento Rural. “A intenção é se colocar à disposição das entidades de classe. Elas vão indicar a pessoa que acham melhor para o setor. Essa pessoa vai passar a fazer parte do governo e vamos tentar construir juntos. As pessoas que fazem a economia andar têm que fazer parte do governo”, alega.
Para Alagia, 'quando um cidadão se elege prefeito, não deve se transformar no dono da verdade'. “Ele é um representante da sociedade. E tem que representá-la bem, ouvindo a sociedade. Nos seus diversos setores, a sociedade deve ser representada por pessoas que conheçam os problemas e que busquem as melhores soluções possíveis. Uma das formas de garantir esta representação é abrindo espaço para que a sociedade participe da gestão”, enfatiza.
A visão se aplicaria ao setor primário, ao turismo e à cultura, conforme exemplifica o pré-candidato. “Sabemos que o setor primário é a base da economia. Isso tem que ser valorizado. Temos que ir ao encontro do produtor rural. E o que significa isso? Primeiro, significa discutir as necessidades. E por que não entregar para os produtores rurais uma pasta da prefeitura? Por que não entregar uma pasta para os empresários? A sociedade tem que fazer parte do poder público. Como discuto cultura? Com pessoas envolvidas com a cultura. Não enxergo outra forma de gestão, sem a participação efetiva da sociedade”, assegura.


Questão crucial
O representante do Podemos classifica, como crucial, a solução para o problema da reserva de água no município. “Não tem como se falar em gestão sem falar nesta agenda. A seca de 1989, a maior da história recente, foi uma tragédia. De lá pra cá, tivemos várias secas menores. Não ter solução é de uma incompetência absurda do poder público”, opina.
Alagia considera alternativas à barragem da Arvorezinha. “Se não tem dinheiro para fazer uma mega barragem, podemos fazer barragens menores, ou interligar uma com a outra. Em Bagé, está cheio de gente fazendo barragem. Precisa ser uma barragem, com capacidade absurda, para uma cidade de 800 mil habitantes? Não vejo essa necessidade. O que precisamos é fazer uma barragem”, esclarece.
O pré-candidato aponta as articulações políticas, capazes de viabilizar emendas parlamentares, como formas de solução. “Não pode mais faltar água nas casas, no verão. Isso é um absurdo. Temos que brigar para resolver essa situação. Se demorar para conseguir recurso federal, podem ser feitas barragens menores, até com recursos do próprio município. Temos mil maneiras de resolver o problema da água. Quando digo que temos que colocar o cidadão à frente dos interesses pessoais e das ideologias, é para colocar realmente à frente. Água é básico e não pode ficar só no discurso político”, ressalta.

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