Esportes

Gauchão juvenil não deve retornar em 2020

Se no profissional, as dificuldades serão enormes para os clubes conseguirem cumprir os protocolos, num eventual retorno, a situação multiplica-se para quem trabalha com categoria de base no interior. Dificilmente, os estaduais infantil, juvenil e júnior serão realizados em 2020. Há dois meses, a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) até abriu tratativas com os clubes que ainda estavam interessados em participar. No entanto, as complicações envolvidas com Gauchão, Divisão de Acesso e Terceirona (que sequer começou) serviu como parâmetro para tornar o futebol de base praticamente inviável nesta temporada.
A dupla Ba-Gua estava pronta para jogar o Gauchão Juvenil. No lado do Bagé, Totonho Padilha iria para sua segunda temporada frente a categoria. No Guarany, Renato Martins começaria um projeto, que também incluía participação no Gauchão Infantil. Porém, agora não há como precisar quais serão os rumos desses projetos.
Mas os maiores impactos, seguramente, atingem os jovens atletas, principalmente da categoria juvenil. Nesta temporada, os nascidos em 2003 receberiam mais oportunidades nas competições. Entretanto, sem futebol, no ano que vem, eles subirão para a categoria júnior com pouquíssima experiência. Ou seja, não passou pelo mesmo desenvolvimento como atleta. Inclusive, há alguns meses, especialistas e treinadores que trabalham com categoria de base já alertam que a pandemia pode interromper o desenvolvimento de vários jogadores dessa geração. Contudo, levando em conta todas dificuldades para se fazer futebol com categoria de base no interior, é difícil reverter este quadro.

Copa Safergs seria solução

Caso os estaduais não aconteçam de fato, a solução das equipes da Metade Sul seria disputar a Copa Safergs, tradicional competição de base da região, organizado pela Delegacia de Pelotas, do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio Grande do Sul (Safergs). O número de times envolvidos é o menor e os deslocamentos seriam mais curtos. Por isso, em termos de logística, os clubes teriam condições de participar.
Entretanto, todas as cidades envolvidas precisam que as prefeituras autorizem a realização de partidas de futebol. Hoje, apenas Santana do Livramento está com as atividades liberadas. A preocupação da organização é com Pelotas, que concentra o maior número de equipes participantes.