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Esportes

Divisão de Acesso: decisão fica para a próxima semana

Publicada em 15/08/2020
Divisão de Acesso: decisão fica para a próxima semana | Esportes | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Campeonato está paralisado há cinco meses

Mais uma vez, a definição sobre a Divisão de Acesso foi postergada. Na tarde desta sexta-feira (14), em reunião virtual com os clubes, a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) transferiu a definição sobre o campeonato para uma nova reunião, agendada para sexta-feira que vem. O debate se estende pelo fato de que, para ocorrer o cancelamento, é necessário unanimidade entre as 16 equipes participantes. E pelo menos três times querem a retomada da competição. Porém, recentemente, o presidente da FGF, Luciano Hocsman, tornou pública uma nova informação que para voltar também precisa de unanimidade.
Na reunião de ontem (13), houve um sinalização de um possível retorno, torando facultativa a participação das equipes. Quem se recusar a jogar deverá entregar um ofício à FGF, explicando os motivos. E quem optar por entrar em campo será obrigado a enviar protocolos de treinos e liberação da prefeitura local. No entanto, a proposta mais uma vez irá para análise dos clubes. Também não se sabe se haverá acesso e rebaixamento. Portanto, a Divisão de Acesso permanece indefinida.
Vale lembrar que, na terça-feira passada, 11 equipes puxaram a frente, para uma tentativa de cancelamento, com a entrega de um manifesto, apontando as dificuldades para arcar com os custos de uma eventual retomada da Divisão de Acesso. No entanto, cinco times não tiveram acesso ao material. Por conta disso, a FGF concedeu um prazo de 48 horas para que estas equipes visualizassem. E na sexta-feira, houve esta nova reunião, que tornou os rumos ainda mais confusos.

Responsabilidade fiscal

A dificuldade de cumprir com os protocolos sanitários exigidos motiva alguns clubes a optarem pelo cancelamento. E quanto mais inferior a divisão, menos recursos entram, e obviamente, os impactos financeiros são diretos. Até porque, os jogos aconteceriam de portões fechados, e os clubes da Divisão de Acesso têm a bilheteria como uma das principais fontes de renda.
Então, se os dirigentes não honrassem os compromissos financeiros acordados, no caso de um retorno do futebol, eles estariam sujeitos a consequências jurídicas. Esse foi um ponto ressaltado no manifesto.
Conforme lei federal do Profut, Nº 13 155, em caso de não arcar com os custos dos clubes, os dirigentes podem vir a ser responsabilizados, inclusive, com seus patrimônios sendo colocados em jogo. A legislação considera isso como "ato de gestão irregular ou temerária". E num cenário sem renda, com falta de patrocinadores e aumento dos custos para cumprimento dos protocolos, os presidentes temem uma realidade como essa.

Covid-19 como acidente de trabalho

Outra pauta que gera preocupação por parte dos clubes do interior foi a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou ser possível enquadrar a covid-19 como acidente de trabalho. Consequentemente, temeram que a decisão motivasse um impacto nas reclamações trabalhistas, posterior à competição.
Aliás, a covid-19 já trouxe impactos no Brasileirão desde a primeira rodada, quando Goiás x São Paulo precisou ser adiado minutos antes, pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em razão de 10 jogadores do Goiás terem sido diagnosticados com covid-19. E desses 10, oito deles eram titulares da equipe. Ou seja, o vírus está sujeito, a trazer, indiretamente, prejuízos técnicos.
Mas isso tudo aconteceu porque o Goiás foi pego de surpresa, em razão dos resultados dos exames terem sido divulgados já no dia do jogo. E obviamente, o episódio levantou dois questionamentos. O primeiro era se o futebol brasileiro estava pronto, de fato, para retomar com o Brasileirão. E o segundo era se os protocolos definidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) eram suficientes para garantirem a segurança dos atletas e a realização das partidas. Ao todo, são 380 jogos distribuídos em 38 rodadas.
Assim, o protocolo da CBF foi colocado em discussão pelo fato dos exames terem sido concentrados no Hospital Albert Einstein, que não conseguiu lidar com a demanda dos clubes a tempo hábil. Por conta disso, a CBF anunciou, em nota oficial, modificações em seu protocolo.
A partir de agora, todos os jogadores inscritos na competição serão testados rodada a rodada, com 72 horas de antecedência. E isso inclui até os que não forem relacionados. A novidade mais importante: os resultados devem ser enviados à CBF até 24 horas antes da partida, pelo clube mandante, e até 12 horas antes da viagem, pelo clube visitante. E para agilizar o processo, as 20 equipes ficam livres para realizarem os testes no Hospital Albert Einstein ou em qualquer laboratório local, desde que atenda todos os requisitos das repartições públicas de saúde. Cabe ressaltar que todos os testes serão custeados pela CBF.
Sem a mesma disponibilidade de recursos, e até mesmo de elencos, se casos como esse acontecessem na Divisão de Acesso, o prejuízo técnico seria muito grande. Além disso, no aspecto de saúde, não há garantias de que as equipes interior conseguiriam fornecer condições logísticas e de estrutura para isolar jogadores, em caso de contaminação.

Dificuldade das datas

Outro fator que influencia é o número de jogos a serem cumprido. Ao todo, seriam necessárias mais 17 datas para que a Divisão de Acesso fosse realizada. Dessas, 11 seriam na primeira fase e outras seis nos mata-matas, que incluiriam quartas de final, semifinal e final.
E os clubes, por sua vez, alegaram não possuir respaldo financeiro para honrar compromissos por um longo período. A situação é diferente do Gauchão, que precisava de apenas um mês para ser concluído e, também, os times tinham valores a receber da televisão, o que não era o caso do Acesso. No início da competição, lá em março, a FGF até tentou lançar um serviço de streaming, em que o assinante pagaria R$ 19,90 mensais e marcaria seu clube do coração. Com isso, metade do valor seria repassado para o time.
Porém, com a pandemia, a ideia não pôde ser colocada em prática, visto que nas três rodadas realizadas, o streaming funcionou de forma experimental. Na semana passada, a FGF até se propôs em bancar os testes para covid-19. Mesmo assim, a dificuldade seria enorme, pelo fato do protocolo exigir uma série de situações, como a utilização de dois ônibus para viagens. Nos hotéis, por exemplo, os clubes estão acostumados a dividir jogadores em quartos. Devido às limitações dos serviços da rede hoteleira nas cidades, isso não seria possível. Então, o gasto aumentariam ainda mais.

Como o Acesso parou

Até a pandemia, a Divisão de Acesso teve três rodadas realizadas, com 24 jogos. O Guarany estreou com vitória, por 3 a 0, em casa, diante do Guarani de Venâncio Aires. Na segunda rodada, foi até São Gabriel e perdeu para os donos da casa, de virada, por 2 a 1. E na terceira rodada, em seus domínios, empatou com o Inter de Santa Maria, por 2 a 2.
Já o Bagé começou jogando fora, e trouxe um empate, em 0 a 0, com o Lajeadense, na Arena Alviazul. Na segunda rodada, perdeu em casa, por 3 a 1, para o São Paulo de Rio Grande. E na terceira e última rodada antes da partida, empatou com o Avenida, 0 a 0, no Estádio dos Eucaliptos, em Santa Cruz do Sul.
Até a parada, o grupo A estava da seguinte forma: 1º, Glória (sete pontos); 2º,Veranópolis (cinco); 3º, União Frederiquense (quatro); 4º, Igrejinha (quatro); 5º, Tupi (quatro); 6º, Passo Fundo (três); 7º, Brasil de Farroupilha (dois), e 8º, Cruzeiro (um).
E no grupo B, 1º, São Paulo-RG (sete pontos); 2º, Inter-SM (cinco); 3º, Guarany (quatro); 4º, Lajeadense (quatro); 5º, São Gabriel (três); 6º, Guarani-VA (três); 7º, Avenida (três), e 8º, Bagé (dois).

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