MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Cidade

Laboratórios da Agronomia da Urcamp são referências para o desenvolvimento regional

Publicada em 18/08/2020
Laboratórios da Agronomia da Urcamp são referências para o desenvolvimento regional | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Com efeitos práticos na cadeia produtiva e comunidade da região, o curso de Agronomia da Urcamp dispõe de laboratórios que servem como parâmetro para que os produtores direcionem seus projetos e produtos no mercado de trabalho. E em tempos de pandemia, a assistência prestada segue a pleno vapor, visto que o agro não para. Pelo fato de suprir uma lacuna essencial na região, o Jornal MINUANO traz uma reportagem, com detalhes sobre como funciona esse trabalho, tão importante para o desenvolvimento regional.

Análise de Solos

Com a proposta de prestar serviço aos agricultores e demais entidades da região, o Laboratório de Análise de Solos funciona desde 1986, junto ao curso de Agronomia da Ucamp. Com a responsabilidade da professora e engenheira agrônoma, Ana Bicca, e suporte da laboratorista Albrantina Brião, o espaço funciona de segunda a quinta-feira, das 13h30min às 17h, e nas sextas-feiras, das 8h às 12h, com o propósito de diagnosticar o estado nutricional do solo.
A partir dos resultados obtidos na análise, os produtores recebem as recomendações necessárias de corretivos e fertilizantes. O laboratório oferece dois tipos de análise: a Análise Química Básica: (pH H20, pH SMP, Ca, Mg, Al, K, P, MO, Argila) e a Análise Física, que quantifica as frações minerais (argila, silte e areia) existentes no solo, tornando-se fundamental para o enquadramento dos solos nos diferentes tipos previstos no zoneamento agrícola de risco climático, o que estabelece financiamento ou seguro da lavoura.
Atualmente, o laboratório conta com um aluno bolsista da Agronomia. Ao ano são coletadas, em média, 1,2 mil amostras para produtores e projetos de pesquisa e extensão. Em período de pandemia, o trabalho passou a ser com turno reduzido, cujo retorno aconteceu em junho. Contudo, as ações em prol da cadeia produtiva da região seguem firmes. “Realizamos análises de solo necessárias para a avaliação da fertilidade do solo, sendo esse laboratório o único a prestar esse tipo de serviço na Região da Campanha e Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul. Considero o Laboratório de Solos de extrema importância para a comunidade bajeense, já que o solo é a base de todo o sistema de produção agrícola. E a construção da fertilidade do solo é a condição fundamental para o aumento da produtividade”, ressalta Ana.
Aluno-bolsista do laboratório, Guilherme Cardoso Dias, 19 anos, trabalha no espaço desde fevereiro de 2019. Sobre a importância da experiência para sua trajetória acadêmica, aponta que são detalhes que fazem total diferença, tanto na rotina como estudante quanto na futura profissão de agrônomo. “Há muitas situações que ocorrem no campo e em sala de aula que eu já estou familiarizado. Isso não ocorreria se eu não tivesse no laboratório. A gente consegue ter uma visão muito mais ampla de como funciona a área de trabalho, de como são feitas tantas lidas diferentes com a terra. A minha professora-orientadora Ana Maria Bicca e a laboratorista Tina estão sempre presentes para me auxiliar e me ajudar nas tarefas que eu realizo. Busco sempre dar o meu melhor para retribuir um pouco essa oportunidade”, destaca.

Sementes

O desenvolvimento econômico e produtivo da Campanha também está atrelado ao trabalho desenvolvido pelo Laboratório de Análise de Sementes, credenciado pelo Ministério da Agricultura. Sob a responsabilidade técnica da professora e engenheira agrônoma, Ana Carolina Silveira da Silva, o espaço tem como finalidade dar suporte aos produtores rurais, por meio de ensaios que avaliam a qualidade de sementes, as quais podem ser consideradas como a principal matéria prima responsável pelo sucesso da lavoura.
O Laboratório de Sementes é utilizado há 25 anos, com foco em ensino, pesquisa e extensão. Além de oferecer suporte técnico aos produtores rurais, também há a possibilidade para realização de aulas práticas com os acadêmicos e estagiários de Agronomia e Biologia.
Semestralmente, o Laboratório de Sementes dispõe de dois estagiários e o oferecimento de uma bolsa de pesquisa e/ou extensão. O espaço também costuma receber alunos de outras instituições, como Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). São recebidas entre 1 mil e 1,2 mil amostras de sementes de grandes culturas, como forrageiras e hortaliças. Em média, 2,5 mil ensaios por ano são realizados.
Segundo Ana Carolina, o trabalho do laboratório foi paralisado em 17 de março, por causa da pandemia. No entanto, em virtude de uma série de pedidos por parte dos produtores, foi retomado no dia 6 de abril. “Nesse período, entrou em contato conosco uma empresa de sementes que está em São Paulo. Fizemos um acordo de prestar serviço para eles, fazendo o controle interno de qualidade dos lotes de sementes, hortaliças”, ressalta. Atualmente, são quatro profissionais envolvidos no trabalho.
Questionada sobre os impactos do Laboratório de Sementes na comunidade, Ana Carolina enfatiza à integração com entidades e instituições da região. “Mais de uma vez já recebemos estudantes intercambistas de Chile, Argentina, Cuba, África do Sul. Também contamos com parceria da Embrapa Pecuária Sul, na produção de forrageiras. Nesses últimos anos, também tivemos visitas de escolas públicas (Ensino Médio e Fundamental), bem como do Sesquinho. São várias as situações e contribuições que houve ao longo dos anos. Mas acho que uma das principais é a formação profissional de vários jovens, alunos, estagiários”, salienta.

Biotecnologia Vegetal

Outro trabalho de relevância, na Agronomia, é o Laboratório de Biotecnologia Vegetal. Numa primeira etapa, funcionou de 2000 a 2011. E mais recentemente, retornou em dezembro de 2019, sob a responsabilidade técnica da engenheira agrônoma Elianinha Silveira, que é coordenadora do curso. A finalidade do espaço é atender à demanda dos produtores, tanto da região quanto de outros estados, para produção de mudas, matrizes de morangueiro, com qualidade genética e fitossanitária. Inclusive, também já está em andamento um projeto para iniciar a produção de mudas de oliveiras, bem como ornamentais.
Na rotina diária, o Laboratório de Biotecnologia Vegetal atua com apoio de duas alunas que estão cumprindo estágio de conclusão de curso, servindo como base para a Graduação I da Agronomia. O trabalho conta com uma estimativa de 10 mil mudas para 2020.
Segundo a engenheira agrônoma, mesmo com a pandemia, as atividades no laboratório não pararam. Apenas seguiram sem o suporte de estagiários, somente com a laboratorista-bióloga Liana Ferreira e, sempre, com todas as devidas precauções. “A população em geral pode comprar e ter suas mudas nas suas casas, em vasos, obtendo morangos frescos. É importante na diversificação da propriedade. O custo do morango nos supermercados varia de R$ 22 a R$ 32 o kg na safra. Assim, ao adquirirem as mudas, os produtores, além de terem um aumento na renda com a venda dos morangos, podem produzir suas próprias mudas para a safra seguinte, reduzindo seus gastos na aquisição de mudas. Estamos recebendo encomendas”, pontua Elianinha.

Empresário beneficiado pelo trabalho

Paulo Ricardo Ebert Siqueira, engenheiro agrônomo e professor da Urcamp, atua há vários anos como assistente técnico e projetista. Por meio da Siqueira Serviços Especializados, trabalha com planejamento e assistência técnica, principalmente na área agrícola, com culturas como soja, arroz irrigado e milho.
Nas demandas rotineiras, o profissional costuma subsidiar-se das análises desenvolvidas pelos laboratórios do curso de Agronomia da Urcamp. “O de Solo é fundamental, uma vez que as nossas atividades precisam de prescrição técnica, e ela decorre da condição nutricional presente no solo. A cada safra, temos a necessidade de saber em que condições está. Principalmente no período entre abril e agosto há a maior demanda de análises para subsidiar as nossas orientações projetos, que são encaminhados para o sistema bancário”, explica.
Em função disso, Siqueira destaca a importância dos laboratórios, pois, se não houvesse o serviço da Urcamp, aponta que haveria a necessidade de buscar o trabalho em outra região. “É muito importante para termos agilidade, pois temos disponível um laboratório com elevado padrão de qualidade. Sempre é necessário para o agricultor que o material tenha pureza física, pureza varietal, boa germinação, principalmente se a semente está com boas condições para enfrentar adversidades. É o que esperamos quando submetemos essa semente ao chamado teste de vigor”, finaliza.

Galeria de Imagens
Leia também em Cidade
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br