Cidade
Empresas registram aumento de mais de 20% na venda de materiais de construção durante a pandemia
A quarentena tem feito muita gente observar a própria casa de forma diferente. Tanto que a procura por reformas e construção aumentou e fez crescer a demanda do setor. O isolamento para o controle da disseminação do coronavírus fez com que as pessoas ficassem mais tempo em suas residências, estimulando a venda de materiais de construção. Em Bagé, esse aumento foi sentido pelo setor. A comercialização cresceu cerca de 25% em algumas empresas.
De acordo com o proprietário de uma loja de material de construção, que prefere não se identificar, o aquecimento chegou a 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Ele comenta que um dos estímulos para o setor foi o pagamento do auxílio emergencial, feito pelo governo federal, o que impulsionou as vendas. “As pessoas buscam materiais para pequenas reformas, como pintura, piso e forro”, disse.
O empresário salienta que os produtos subiram muito de valor devido a falta de matéria-prima no mercado. Ele comenta que, no início da pandemia, as lojas fecharam e houve uma retração de quase 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, com o retorno, muita gente decidiu investir na casa, o que trouxe uma melhoria para o setor. “Muitos perderam o emprego e investiram o valor da rescisão nas reformas”, informa.
O gerente de outra loja, Marco de Bem, afirma que as vendas superaram as expectativas para o período e reconhece que há demora para a reposição dos materiais. Ele comenta que muitas fábricas estão paradas e outras diminuíram o efetivo. “Antes, os pedidos chegavam em 10 dias. Hoje, demora mais de 30”, frisa.
De Bem acredita que, além do pagamento do auxilio emergencial e das pessoas ficarem mais em casa, houve a diminuição de viagens e, com isso, o valor que seria empregado para o turismo foi revertido para as melhorias. “Os materiais à base de ferro tiveram um aumento significativo”, destaca.
Em outra loja de material de construção, a situação é a mesma. O proprietário, Felipe Moreira Sachett, informa que o aumento foi superior a 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os materiais mais procurados, ele cita telhas, tijolos, cimento e pisos. “A maior dificuldade é no aumento dos materiais e demora para a reposição”, reforçou.