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FestFronteira Literária - Edição Experience acontece no final de agosto através de lives
O já tradicional festival literário que acontece, anualmente, em Bagé, e que já recebeu nomes como Gustavo Ávila, Luisa Geisler e Samir Machado de Machado em sua programação, acontecerá de forma on-line em 2020. O evento ocorre nos dias 25, 26 e 27 de agosto, sempre às 20h, no Youtube, no canal do escritor Rodrigo Tavares, e na página do Facebook do idealizador do festival.
O escritor aponta que o evento seguirá o mais próximo do original, tentando manter o tom descontraído das mesas, buscando aproximar o leitor do escritor nacional contemporâneo e sempre visando a formação de público. Justamente por isso, além da edição aberta ao público, tem acontecido edições exclusivas para professores, mediadas por Vera Medeiros, professora do curso de Letras da Unipampa.
O FestFronteira Literária foi idealizado pelo escritor Rodrigo Tavares e é organizado com a ajuda dos escritores Fernando Risch e José Francisco Botelho. Nesse ano, a programação buscou priorizar autores de outros estados, uma vez que, no evento presencial, que é totalmente independente, há grande dificuldade de trazê-los a Bagé, principalmente em razão dos custos envolvidos.
Tavares explica que, diferente dos anos anteriores, os temas desta edição foram escolhidos após a seleção dos escritores que comporiam a programação. "Dessa vez partiu para fazer curadoria para incluir autores de outros estados, que talvez não tivesse como trazer presencialmente para o FestFronteira, por ser um festival independente. Em conversa com esses autores, chegamos a mesas que seriam confortáveis para eles. Então, os temas deste ano foram escolhidos a partir dos convidados", resume.
A primeira noite trará como tema "Um retrato de Machado de Assis: entre ficção e história", com mediação de Gabriela Silva e participação de Roberta Flores Pedroso e José Almeida Júnior, autor do livro "O homem que odiava Machado de Assis" e vencedor do prêmio Sesc de Literatura. A intenção é conversar sobre fatos biográficos do maior escritor brasileiro, inclusive a questão racial, que permeia o debate atual, e de que forma isto influenciou em sua obra.
Já no dia 26, será a vez da professora Vera Medeiros mediar a conversa "Do Pampa ao Sertão", que será abordada pelos escritores José Francisco Botelho e Paulo Raviere. Tavares explica que a ideia da mesa é trazer representações da linguagem do interior na literatura brasileira contemporânea a partir de duas perspectivas que apesar de tão distantes, e, ao mesmo tempo, tão próximas, como o Pampa e o Sertão.
Na última noite, os escritores Ivandro Menezes, Débora Ferraz e Bruno Ribeiro, conversam sobre "Literatura e deslocamentos" e suas experiências pessoais sobre as influências dos deslocamentos e fronteiras na literatura de cada um.
Lembrando que, neste ano, as atividades do festival iniciaram em parceria com o projeto de extensão Confraria Poética, da Unipampa. Além das atividades exclusivas para professores, em outubro acontece a primeira edição argentina do festival, mediado por instituições de Buenos Aires. Todas as informações e links para acesso estarão na página do evento no Facebook e no Instagram @festfronteira.