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Vineyards solicita licença de operação para linhas de transmissão entre Candiota e Bagé
A empresa Vineyards Transmissão de Energia S.A. solicitou, à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler (Fepam), a Licença de Operação (LO) para a Linha de Transmissão de 230 quilowatts, entre a subestação Bagé 2 e o complexo termelétrico de Candiota. A obra iniciou o ano passado e prevê a construção de 114,4 quilômetros de rede, a implantação de duas novas subestações e a expansão de quatro subestações nas regiões de Bagé e Lajeado, o que aumentará o suprimento de energia no Rio Grande do Sul.
De acordo com o gestor de convênios da Prefeitura de Candiota, Geferson Prediguer, a obra ainda está sendo executada pela empresa e estão sendo finalizadas as torres de transmissão e, posteriormente, serão implantados os cabos. A expectativa, segundo ele, é que a empresa finalize a obra até o final de setembro. A entrada em operação comercial está prevista para agosto de 2022.
O empreendimento, na região, terá cerca de 49 quilômetros de extensão, passando por Bagé, Hulha Negra e Candiota. O Vineyards é um dos 10 conquistados pela Sterlite Power em leilões públicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A linha de transmissão local integra um lote comercializado por R$ 34,5 milhões.
O projeto compreende as linhas de transmissão de Garibaldi a Lajeado, com 47 quilômetros, outra linha entre duas subestações de Lajeado, com 16,4 quilômetros, além das subestações Vinhedos e Lajeado 3 e do trecho de linha entre a subestação Vinhedos e o seccionamento da linha de transmissão Monte Claro - Garibaldi, com dois quilômetros. Com isso, o empreendimento, com previsão de investimento de R$ 250 milhões, interliga, deve reforçar e aumentar a capacidade do Sistema Integrado Nacional.
Projeto Crescer
A obra que vai interligar o complexo de Candiota a Bagé foi ofertada, inicialmente, em 2013, mas não avançou. Em 2017, a linha de transmissão entrou no cronograma de obras do projeto Crescer, lançado pelo governo federal, quando foi arrematado pela empresa indiana.
A estrutura que integra o planejamento do Ministério de Minas e Energia é considerada fundamental. A linha deve servir para evitar cortes de carga por subtensão, especialmente nos períodos entre novembro e março, e em situações de despacho reduzido nas centrais eólicas da Eletrosul, integradas à subestação de Cerro Chato, em Santana do Livramento.