Cidade

Candiota suspende aulas presenciais até o final do ano

Assinado no dia 16, o Decreto 4189/2020, emitido pela Prefeitura de Candiota, manteve a suspensão das atividades presenciais das escolas da rede pública, tanto municipal quanto estadual.
O texto do decreto prevê que, até 31 de dezembro deste ano, "em função da situação de calamidade pública, as atividades presenciais em todas as escolas, faculdades, universidades públicas ou privadas, municipais, estaduais ou federais, e demais instituições de ensino, de todos os níveis e os graus, bem como em estabelecimentos educativos, de apoio pedagógico ou de cuidados a crianças e a adolescentes situadas no município de Candiota".
Contudo, as medidas não são aplicáveis em algumas situações, como as atividades dos Centros de Formação de Condutores (CFCs), que contam com regramento próprio estabelecido pelo Departamento estadual de Trânsito - Detran; para atividades presenciais de plantões para atendimento de alunos do Ensino Médio Técnico Subsequente, Ensino Superior e de pós-graduação, assim como atividades de estágio curricular obrigatório, de pesquisas laboratoriais e de campo, e de outras consideradas essenciais para conclusão de curso.
O chefe do Executivo do município, Adriano Castro, explica que a medida foi tomada após a realização de uma pesquisa junto à comunidade escolar, em que mais de 90% se mostraram contrários ao retorno das atividades presenciais do ano letivo. "Todo mundo ainda acha alto o risco que a pandemia vem colocando as pessoas. Eu, como pai, não mandaria minhas filhas de retorno às aulas nesse momento, até porque ainda não tem segurança de vacina, e também não quero isso para os filhos dos outros. Por isso, vamos tomar essa medida mais drástica de cancelamento das aulas para evitar que os nossos meninos e meninas se contagiem", apontou.
O prefeito destacou, ainda, que a maioria dos países que retornaram às aulas presenciais enfrentaram uma segunda onda da doença. "Sabedores disso, e com constatações técnicas, inclusive da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), de que não é o momento para o retorno das aulas, nosso decreto legisla sobre o nosso território pela questão de Sanidade Pública e Vigilância Sanitária, proibindo o retorno das aulas presenciais no âmbito do município, independente de esfera de rede escolar", aponta.
Além disso, o texto também analisa o grande número de profissionais da educação, que se deslocariam de outros municípios para retomar as aulas presenciais, aumentando o risco de disseminação do vírus na região.
Castro analisa, ainda, que a continuidade do ano letivo não deve ser prejudicada, já que as escolas estão adaptadas, no momento, para seguir as atividades remotas, seja através de atividades on-line ou de envio de material impresso para os alunos.