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Movimentação para contratos temporários do comércio é projetada para outubro

Os três meses que antecedem o Natal costumam ser de correria e expectativa para os empresários do comércio. A data mais esperada pelo varejo durante o ano movimenta milhões e abre novas vagas, ainda que temporárias, no mercado de trabalho para atender a demanda crescente própria da época.
Contudo, em um momento de fragilidade econômica, em que o país começa a se recuperar de uma grave recessão ocasionada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a realidade do Natal deste ano ainda causa receio.
Presidente do Sindicato dos Dirigentes Lojistas de Bagé (Sindilojas), Nerildo Garcia Lacerda aponta que, de modo geral, o Brasil está em recuperação, tanto pelas ações do governo federal quanto pelo próprio empresariado.
Com a expectativa de uma aceleração na retomada econômica, ele acredita que, em breve, as empresas devem começar as buscas por funcionários temporários. "Nossa expectativa é que tenhamos neste final de ano um movimento maior que o do ano anterior. Assim, a procura e a oferta de vagas temporárias, será em maior número do que no ano passado", diz.
Lacerda destaca, ainda, que "o clima de otimismo e o aumento das vendas a um nível quase normal animam e confirmam as expectativas do empresariado".
Por enquanto, não há mobilização do empresariado em busca de candidatos para vagas temporárias. Conforme explica o coordenador do Sine de Bagé, Roberto Messias, a movimentação do segmento em busca de reforço nas equipes inicia a partir da segunda quinzena de outubro.
Vale destacar que na última sexta-feira, o governador, Eduardo Leite, apresentou uma significativa melhora nos indicadores de coronavírus no estado. Pela primeira vez em 21 rodadas, todas as regiões do mapa do distanciamento controlado foram classificadas em bandeira laranja, o que indica risco médio de contaminação.
A classificação promove uma flexibilização nos protocolos de segurança, o que beneficia o empresariado. Caso a classificação de risco médio se mantenha uma tendência, com projeção de alcançar a bandeira amarela (risco baixo de contaminação), a realidade do varejo pode mudar muito nos três meses que antecedem o Natal.