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Mortalidade em decorrência do coronavírus em setembro foi a maior em Bagé desde o início da pandemia
Setembro está chegando ao fim, marcado como o mês com o maior número de óbitos relacionados ao coronavírus desde a primeira morte registrada em Bagé. Até o momento, foram registrados seis óbitos no período, quase metade dos quinze contabilizados na cidade.
Vale destacar que o primeiro óbito relacionado ao vírus ocorrido em Bagé foi divulgado no dia 12 de julho, embora a morte tenha ocorrido no dia 8 daquele mês. O resultado do exame foi divulgado após o falecimento do paciente. Até o dia 31 de julho, haviam sido registrados cinco óbitos. Em agosto, foram registrados quatro óbitos, além da divulgação do resultado do exame de um paciente falecido em julho.
Já em setembro, até o momento, foram registrados seis óbitos relacionados ao vírus. O primeiro aconteceu no dia 7, referente a uma mulher de 48 anos. No dia 13 de setembro foi divulgado um novo falecimento, de uma idosa de 84 anos. A outra morte registrada como decorrência do vírus ocorreu no dia 19 de setembro, de uma funcionária da Santa Casa de Caridade, de 45 anos. No dia 24, foi divulgado, pelo coordenador regional de Saúde, Ricardo Necchi, que um paciente foi a óbito no dia 18 de setembro em decorrência de insuficiência cardíaca severa. O médico informou que apesar de não haver confirmação de que o óbito tenha ocorrido em consequência do vírus, como antes da morte já havia sido diagnosticada a contaminação, a epidemiologia considerou o óbito relativo a infecção por covid-19. No sábado, 26, aconteceu o 14º óbito, relativo a um paciente de 49 anos, internado há duas semanas na UTI.
O último óbito registrado foi divulgado nesta segunda-feira, 28, relativo a um paciente de 67 anos, que se recuperava de um AVC, e foi internado na UTI com quadro respiratório na sexta-feira, 25, onde permaneceu por poucas horas antes da morte.
Coordenadora do Comitê de Operações de Emergência (COE) para coronavírus, a médica Flávia Marzola destaca que os casos de óbito são relativos, possivelmente, a contaminações ocorridas entre julho e agosto. Isto porque o óbito acontece, geralmente, ao final de seis semanas de contaminação. A partir disso, é válido destacar que estes dois meses, julho e agosto, foram os que apresentaram maior número de contaminações, até agora - respectivamente 310 e 347 casos.
O mês de setembro também foi marcado por outro recorde negativo na Rainha da Fronteira. Na última sexta-feira, o município ultrapassou os mil casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, em março. Até o final da tarde de ontem, 1.029 casos haviam sido confirmados, dentre os quais constam os 15 óbitos.