Campo e Negócios

Expofeira Virtual mostra a força do campo em Bagé

A primeira edição híbrida da Expofeira de Bagé foi inaugurada na tarde de domingo, após uma semana de atividades com pouca circulação de pessoas e transmitidas on-line. Através de remates e julgamentos realizados de forma virtualizada, o tradicional evento obteve boas cifras, superando a marca de R$ 4,5 milhões com os remates realizados até a data - na segunda-feira, houve o último evento, não finalizado até o fechamento desta edição.
O ato inaugural foi precedido pelo julgamento de cavalos crioulos, que aconteceu no Parque Visconde Ribeiro de Magalhães durante a manhã e início da tarde. Desde o primeiro dia, centenas de animais passaram pelo parque de exposições em remates e julgamentos - bovinos, ovinos, cavalos e aves, a fim de mostrar a qualidade da pecuária da campanha gaúcha.
O presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Geraldo Brossard Correa de Mello, discursou para os presentes no ato de inauguração, que aconteceu de forma reduzida, com itens de segurança para diminuir os riscos de contaminação por covid-19. Em sua fala, destacou as adaptações necessárias para garantir a continuidade do evento tradicional, mesmo que em uma nova plataforma. "Imagina como poderíamos não fazer uma Expofeira e quebrar um elo de 108 edições? Jamais passou a ideia de não fazermos, somente se fosse proibido pelo poder público. Este é um evento mais que tradicional, que está no sangue da população de Bagé, dos produtores da região e do Rio Grande do Sul", destacou.
Mediante os protocolos sanitários, foi realizada a 108ª Expofeira, em formato híbrido, com remates e julgamentos transmitidas online, e circulação restritas somente aos envolvidos - cabanheiros e jurados. Os remates foram transmitidos pelo Canal Rural e Lance Rural e os julgamentos pelas plataformas da Rural.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, também se manifestou durante o ato inaugural, apontando o esforço dos produtores rurais em continuar produzindo, mesmo durante a pandemia de covid-19 e frente a todas as dificuldades enfrentadas durante a questão sanitária, para garantir o abastecimento de alimento na mesa de todos os brasileiros.