Cidade

Mercado de trabalho bajeense mostra recuperação desde julho, segundo dados do Caged

De acordo com as informações divulgadas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos primeiros oito meses do ano, apenas três deles registraram saldo positivo entre contratações e demissões. Vale destacar que até junho haviam sido fechados 560 postos formais de trabalho, com maior concentração no segmento de comércio.
O saldo negativo iniciou antes mesmo dos primeiros casos confirmados da pandemia de covid-19, em janeiro e fevereiro. Já março, curiosamente quando houve o isolamento na cidade após a chegada do vírus à Rainha da Fronteira, apresentou balanço positivo, com mais admissões do que desligamentos.
O número voltou a cair entre abril, maio e junho, com reflexos negativos. O mês de abril apresentou o pior índice desde o início da pandemia na Rainha da Fronteira. Enquanto foram realizadas 201 admissões, outras 451 pessoas foram desligadas de suas ocupações. Neste mês, houve 250 demissões a mais que contratações. Somente no comércio, foram desligados 195 trabalhadores, enquanto no segmento de serviços foram demitidas 154 pessoas.
Contudo, aparentemente o cenário de empregos na cidade começou a se estabilizar em julho, quando novamente houve balanço positivo entre o número de trabalhadores contratados e desligados - foram 307 admissões e 276 demissões. O comércio foi o destaque, com a admissão de 152 pessoas e desligamento de 135, gerando um saldo positivo de 17 vagas de emprego. Em seguida, aparece o setor de serviços, também com saldo positivo de 17 postos.
O cenário de recuperação se repetiu em agosto, com o maior balanço positivo do ano. A pesquisa mostrou que entre as 341 contratações e 274 demissões, 67 postos de trabalho foram garantidos. Inclusive, neste mês, o comércio foi o setor que mais contratou (149 pessoas) e, também, o que mais desligou (124 pessoas), alcançando um saldo de 25 novos postos de trabalho. O setor que mais se destacou em agosto, no quesito de saldo entre admissões e contratações, foi a construção civil, com a abertura de 28 vagas no mercado. Além disso, foi possível observar recuperação na indústria, que há quatro meses se mantinha com saldo negativo e, no mês em questão, conseguiu garantir 23 novas vagas.
Região
Já na região - abrangendo os municípios de Hulha Negra, Candiota e Aceguá, é possível perceber diferentes panoramas. Em termos gerais, a Capital do Carvão apresentou, entre as três cidades, o maior número de perdas de postos de trabalho - 166 ao todo. E a queda iniciou já em janeiro e o balanço entre contratações e demissões se manteve negativo até maio. De junho a agosto, houve um reflexo positivo, com a criação de 69 postos de trabalho.
Cenário semelhante foi registrado em Hulha Negra, em que a perda de 35 postos formais de trabalho se estendeu de janeiro a abril. Em maio o município começou a se recuperar e, desde maio até agosto, último mês com informações fornecidas pelo sistema, foram criados 119 vagas.
O município de Aceguá foi o que manteve maior equilíbrio nos números. Enquanto as variações positivas entre desligamentos e admissões foram registradas apenas no início do ano - entre janeiro e fevereiro foram criados 17 postos de trabalho - outras 26 vagas foram perdidas entre março e julho. No mês de agosto houve equilíbrio na variação, com 19 contratações e o mesmo número de demissões.
Todas essas informações podem ser acessadas no Portal de Informações do Novo Caged.