Campo e Negócios
Comunicado recomenda técnicas para controle de planta tóxica a bovinos
A Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural publicou Comunicado Técnico com orientações para que produtores rurais possam fazer o controle da maria-mole (g. Senecio), um tipo de planta comum no Rio Grande do Sul, mas tóxica para os bovinos. Editada pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, a publicação está disponível de forma gratuita, através do site da secretaria (aqui).
Autor da publicação, o pesquisador Fernando Karam, que estuda os efeitos da maria-mole na produção de gado bovino no Estado desde 1997, explica que o 'problema de controle permanece e, como não há tratamento terapêutico eficaz, a melhor forma é a informação e alternativas de controle da planta'. “Este Comunicado atende a uma demanda antiga de forma objetiva, didática", detalha.
A ingestão da maria-mole pelos bovinos causa a seneciose, uma intoxicação fatal. No Rio Grande do Sul, no percentual geral atribuído às mortes por plantas, mais de 50% devem-se à intoxicação por este tipo de planta. "E ainda há as perdas indiretas, como baixa produtividade dos animais acometidos e custos com tratamento que é ineficaz, já que não há medicação capaz de reverter o quadro após a manifestação dos sinais clínicos. A doença é evolutiva e irreversível", destaca Karam.
Ainda de acordo com o pesquisador, algumas condições favorecem a ingestão de plantas indesejáveis pelos animais. "As causas podem ser o desconhecimento do ambiente, ou seja, os animais são de outra região, ou distúrbios de apetite, mas a principal é uma lotação animal não adequada à oferta de pasto, o que leva à fome e ao consumo de plantas não forrageiras para suprir necessidades, mesmo que essas não sejam palatáveis, como a maria-mole", explica.
A publicação informa sobre quais as condições favoráveis para o crescimento e propagação da maria-mole, medidas para seu controle e recomendações gerais para evitar que os bovinos comam este tipo de planta.