Segurança
Draco/Bagé integra operação que apreendeu grupo que extorquia gaúchos
por Rochele Barbosa
Policiais civis da 2ªDPRM coordenados pelo delegado Thiago Lacerda e pelo diretor Mario Souza, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Canoas) deflagraram, na quarta-feira, dia 24, a operação batizada de Outback, deflagrada na região Metropolitana, que apreendeu esmeraldas, ouro e dinheiro, totalizando um valor estimado em cerca de R$ 1 milhão. A contou com agentes da Draco/Bagé.
Conforme divulgado, a Operação Outback é resultado de quatro meses investigação de crimes de extorsão e organização criminosa, culminando com o cumprimento de 39 ordens judiciais, em sete municípios (Esteio, Canoas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo, Gravataí e Santa Cruz do Sul), assim como 31 mandados de busca e apreensão, oito prisões, sendo quatro prisões preventivas e quatro prisões temporárias. Foram, no total, por 200 policiais civis, em 41 viaturas e apoio aéreo utilizados.
Segundo a Polícia Civil, as investigações iniciaram quando uma organização criminosa começou a extorquir pessoas e cobrar valores altíssimos de dívidas que não tinham qualquer legitimidade. A partir desse ataque, a PC apurou, a partir de setembro de 2020, a ação dos criminosos e a sua forma de agir no Estado, principalmente região Metropolitana.
As denúncias apontavam que, através de mensagens de texto e áudio e chamadas telefônicas efetuadas pelo aplicativo Whatsapp, uma facção com berço no Vale dos Sinos exigia valores altíssimos de certas pessoas sobre o pretexto de terem comprado dívidas e utilizando-se do nome da facção e dos líderes dela, inclusive em um caso de exigência do pagamento de mais de R$ 100 mil.
As investigações apontam que indivíduos ligados à organização criminosa, utilizando nomes das principais lideranças de uma facção no Estado, estavam assumindo “supostas” dívidas, muitas vezes, não existentes, e exercendo todo tipo de pressão para pagamentos que jamais seriam satisfeitos, mantendo as vítimas presas psicologicamente pelas ameaças a sua pessoa e a familiares com uma dívida impagável. Com essas pressões, muitas vezes os pagamentos eram efetuados. E os criminosos arrancavam dinheiro em espécie de várias pessoas.
As ameaças eram efetuadas por meio de mensagens, como forma de amedrontar, ainda mais as vítimas, demonstrando conhecimento acerca de onde residem e de suas rotinas, os criminosos lhe enviavam, através do mesmo recurso, vídeo gravado durante passagem em frente a sua residência, afirmando, na ocasião, que sabiam onde ela morava.
O delegado Thiago Lacerda, titular da Draco/Canoas, explica que a segunda fase da operação vai buscar identificar as lideranças. “Para encaminhar para fora do Rio Grande do Sul, para Penitenciárias Federais”, ressaltou.
O diretor Mario Souza destaca que esse tipo de crime que possui ação contínua e permanente de "terror contra as vítimas e isso deve ter resposta enérgica". Ele ainda salientou a importância da cooperação de outras delegacias. “A Draco/Bagé apoiou a Draco/Canoas com modernas técnicas de investigação. O que foi fundamental”, enalteceu.