Memórias & Afetos
Memórias & Afetos
A cada semana, uma nova peça do acervo do Museu Dom Diogo de Souza será destacada acompanhada pelas palavras de um familiar. Cada história compartilhada é uma janela para o passado, um presente para o presente e uma herança para o futuro, criando assim um laço afetivo entre as famílias, a comunidade e as gerações vindouras, inspirando conexões humanas significativas.
por Redação JM
A xícara Bigodeira era usada no tempo do Império, século XIX, para os homens não sujarem o bigode. Os homens seguiam a moda de usar o bigode reto ou para cima. Eles usavam cera de abelha para fazer este efeito. Na hora que eles iam tomar um café ou chá, o vapor quente que saia da xícara desmanchava o bigode e, além de desarmar, caía dentro da xícara. Foi quando, em 1860, um senhor inglês chamado Harvey Adams inventou a xícara Bigodeira e resolveu o problema masculino de tomar chá e café.
A invenção da xícara Bigodeira foi tão bem aceita que as fábricas de porcelana européia da época e algumas da América começaram a produzir por, mais ou menos, um período de 50 anos. Graça à essa invenção, os homens podiam apreciar tranquilamente bebidas quentes sem derreter a cera dos bigodes. Esta xícara de estilo romântico, ganha este nome, porque a Rainha Isabel da Espanha, presenteava seus amigos e visitantes.
Em meados do século XX, depois da 2ª Guerra Mundial, os bigodes armados caíram em desuso, fora de moda. As fábricas pararam de fabricar. Hoje em dia, elas são muito raras, muito belas e, consequentemente, muito valiosas e são encontradas nos Museus e nas coleções particulares.
Texto de Fabio Lucas
Imagem:
Número de tombo 17/21
Descrição: xícara bigodeira Isabelina, feita à mão com bisnaga de confeiteiro, pintada e vitrificada com detalhes. Fábrica Otto - Alemanha.
Acervo do Museu Dom Diogo de Souza.
Doação: Fabio Lucas