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Sobre o Sonhar...
"Eu sei que não sou nada e que talvez nunca tenha tudo. À parte isso, eu tenho em mim todos os sonhos do mundo." (Fernando Pessoa)
por Giana Cunha
Vocês sabiam que, recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero sonham? Sim, uma descoberta incrível, mas que faz sentido, já que a maior parte das 40 semanas de gestação eles passam dormindo. São, em média, 18 horas de sono por dia, com apenas oito horas desperto. Mas como sonham se os sonhos são expressões de nossas vivências e precisam de referências externas para acontecer? Os cientistas dizem que não dá para saber ao certo com o que os bebês sonham quando estão na barriga de suas mães, já que seus neurônios e as sinapses que realizam ainda estão em formação.
Mas começo falando sobre esse assunto, porque sonhar é inerente ao ser humano. Se já sonhamos na vida intraútero, é digno que o sonhar continue fazendo parte de nossas vidas. E não estou falando só do sonho durante o sono. Sonhar, desejar, almejar, são impulsionadores para que tenhamos motivos para seguir em frente.
Freud, pai da psicanálise, já dizia que os sonhos noturnos são gerados na busca pela realização de um desejo reprimido. E, em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência. O ex-Beatle Paul McCartney, em 1964, sonhou com a melodia da música Yesterday, e ela se tornou uma das canções mais populares de todos os tempos, a mais tocada e regravada da história segundo o Guinness Book. Um sonho, sonhado que virou realidade.
Qual a atenção tu dás aos teus sonhos? Acreditas que são só imaginação, fruto do inconsciente? Ou que eles podem se tornar reais? O sonho, como algo que vislumbramos, que desejamos muito alcançar, pode trazer significado à nossa vida. Com clareza, instiga motivações.
O ser humano é movido por desafios e por isso é tão importante, nos deixarmos sonhar.
“Somos feitos da mesma matéria que nossos sonhos”, William Shakespeare