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Opinião

A lenda de Ibagé

Em 16/04/2024 às 00:05h

por Redação JM

Dizem ter existido na Serra de Santa Tecla, bem ao sul do Rio Grande do Sul, há poucos quilômetros do Uruguai, uma tribo de índios que jamais se reuniu com os povos das Missões Orientais do Uruguai. Esta tribo prezava muito a liberdade e também sua terra. Como toda tribo nômade, existia um chefe conselheiro, este chefe seria chamado de Ibagé. Um dia ele disse: sou enviado de Tupã e cheguei de Ibag (Céu) e aqui estou para dirigí-los.

Quando os portugueses e espanhóis resolveram conquistar suas terras, sua tribo foi obrigada a lutar. Na primeira vez, a tribo de Ibagé conseguiu vencer, porque tinha excelentes arqueiros. Foi então que os portugueses e espanhóis continuaram investindo contra a tribo.

Tomando conhecimento da guerra, surgiu das Missões para ajudar Ibagé, seu companheiro Sepé Tiaraju. Neste momento, Ibagé já estava fraco e velho, não podendo acompanhar Sepé, que partiu junto com sua tribo para lutar contra os inimigos. Mas a tribo de Sepé Tiaraju não resistiu à batalha e foi derrotada pelos portugueses e espanhóis.

Ao ter conhecimento da derrota de Sepé, Ibajé ficou muito triste e encontrou forças para reunir a sua tribo e partir para junto de Sepé, para lutar lado a lado. Os dois grandes chefes lutaram com suas tribos unidas e se reuniram nos cerros da cidade. Partiram para guerra contra os portugueses, comandados por Gomes de Andrade, e os espanhóis, comandados por Marques de Valdelírius.

Em Caibaté, os exércitos portugueses e espanhóis encontram forças e, após tremenda batalha, Sepé perde 1200 homens e é morto. Ibagé assiste aos últimos momentos do heróico chefe missioneiro e constata sua subida ao céu. Mesmo desfalcado, Ibagé não se rende e volta para suas terras, conseguindo afastar por algum tempo os portugueses e espanhóis.

Mas um dia, enquanto a natureza contemplava o belo para as paisagens da Campanha, uma coruja prenunciou que algo ruim iria acontecer e até os quero-quero pareciam soluçar. Foi então que os anciões da tribo correram para cabana de Ibagé, mas já era tarde, pois ele já estava morto e puderam vê-lo partindo para o céu, onde chegou no Cruzeiro do Sul para ficar ao lado de seu companheiro Sepé Tiaraju. Ele permaneceu para sempre no céu, formando a quinta estrela da constelação sul brasileira.

Em memória a este grande pajé, os cerros, o rio e todo aquele território receberam o nome de Ibagé, mas os portugueses e espanhóis denominaram o nome das terras de Bagé. Segundo a cultura popular, o índio Ibagé estaria enterrado no Cerro da cidade, apesar de sua existência nunca ter sido comprovada.

A terra encantada do índio que viera do céu e se estabeleceu nas margens do murmúrio arroio, que no seu manso correr parece soluçar o nome do grande amigo: Ibagé... Ibagé... Ibagé...!

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