Estado
Bajeense relata drama durante enchente que atinge Canoas
Cenário é resumido por Mário Saraiva, de 27 anos, como "um caos"
por Redação JM
Desde 2022 morando em Canoas, a vida do bajeense Mário Saraiva, de 27 anos, passou por um cenário jamais imaginado. Desde sábado, dia 4, quando a elevação do Guaíba começou a ultrapassar níveis de forma histórica, ele se viu em meio a um ambiente similar a uma guerra.
Em conversa com o JM, Saraiva relatou que precisou deixar a casa onde mora, localizada na Rua Brasil, no centro de Canoas e um dos locais mais afetados. "A água na madrugada veio tomando conta dos bairros ao redor, cobrindo casas e prédios. A chuva voltou e não tem previsão de parar", contou ao mencionar que precisou sair às pressas, junto à esposa, que está grávida de 9 meses.
"Saí pois ficaríamos ilhados e qualquer problema seria dificil a locomoção. A água chegou próximo de onde moramos, pela manhã já" completou ao dizer que se abrigou na casa de amigos, no município de Cachoerinha: "Estamos em seis adultos, mas aqui está tudo bem, graças a Deus".
Em um momento da entrevista, Saraiva mencionou um episódio extremo: "Além de muita gente morta, ferida e desaparecida, tem pessoas ilhadas". O cenário é resumido por ele como "um caos".
Para exemplificar a situação, ele encaminhou uma imagem registrada na tarde do sábado, após deixar o apartamento em que mora, que fica no terceiro andar. A cena apresenta uma multidão em busca de ajuda enquanto o nível do Guaíba segue subindo.