Photographos de Bagé (1848-1948)
Há dias aconteceram os autógrafos da obra “Photographos do Rio Grande do Sul ”, de Miguel Duarte. O autor tem raízes firmes na pesquisa histórica, pois seu pai foi um dos pioneiros do Instituto Histórico do RS, que secretariou durante vários anos, e Miguel cresceu no meio da centenária biblioteca da instituição, onde atuou como gestor (1992-1994) e de quem também foi secretário (1980-2009). É arquiteto, tem outros trabalhos publicados, foi atento a Bagé, quando descobriu o texto de João Cirne, o primeiro proto-historiador de nossa cidade; e seu irmão, Luiz Antonio de Oliveira Duarte, é, aqui, festejado médico alergista e professor de italiano.
O livro relaciona os fotógrafos do estado no período entre 1848-1948, sedimentando-se em profunda, copiosa e respeitável investigação documental como registros de casamento, jornais, periódicos, manuscritos, almanaques, internet, e, naturalmente, fotografias dos artistas arrolados, entre eles os conterrâneos a que logo se alude.
Atelier Photographico da Tabacaria Brasileira (Av. Sete n.198); Companha Foto Arte, Afonso Carlos Amoretty (irmão de outro fotógrafo, Francisco Augusto); Amoretty & Pappe: Augosto Amoretty e Irmãos; Augusto Amoretty Irmão e Lippmann (sempre com estúdio na Rua Sete de Setembro); Ernesto Arnofell (av. Gal. Sampaio[1]); Barnils & Del Fiol; Francisco Barnils (estúdios Gen. Netto e Avenida Sete); Gaetano Bernardini (estúdio Barão do Triunfo); João Bosch; A. Bosque (filha Leila, casada com o ten. Antonio Saraiva); João Bosque; Vicente Teixeira Brazil Filho (Atelier de Photographia e Pintura, na Av. Sete, em 1931 e na Rua Dr. Penna. Nasceu em Bagé, filho de Vicente Teixeira Brasil e de Alexandrina Brazil); João Carlos Champanini (1940, estúdios na Gal. Sampaio, n.44, Rua Sete n. 852 e Sampaio n.46)[2]; Silva & Cruz; Egydio de Grandi ((1933, Rua Gal. Netto) ; Del Fiol (também foi sócio de Francisco Barnils); J. Espelet Ezequiel Ulpiano Etchart (estúdios na Sete n.97 e Sampaio); H. Fritot Hypolito (francês, Photographia Parisiense, 1885. O autor descobriu um processo judicial de embargo, onde o suplente de Juiz Municipal José Bonifácio da Silva Tavares mandou apreender, para leilão, objetos e utensílios de dita empresa, por débito com a Fazenda Nacional da quantia de 156$816. Os bens ficariam em poder do leiloeiro Manuel Antunes Gonçalves. Hipólito fazia anúncios em Salta, Argentina da novidade de cópias de plantas topográficas e arquitetura. Foi um dos expositores das comemorações castilhistas de 14 de julho, em 1899, em Santa do Livramento); Tabacaria Gallo, na Av. Sete; Brazil & Gonçalves; Ernesto Gonçalves (estúdio Gal. Sampaio); Antonio Greco; Giovannini & Greco, ou seja, Ricardo Giovannini e José Greco; José Greco estúdio 3 de Fevereiro n. 15, Sete de Setembro n.169, sobrado, e Av. Sete 169, onde encerrou atividades em 1937); Inghes & Comp. (Barão do Triunfo, até 1926); José Luiz Inghes (1921, Barão do Triunfo, imóvel que passou a Hermes Araújo Nunes; também estúdios nas Avenidas Osório e Sete de Setembro).
(Continuação)
[1] Recorde-se que esta Rua passou a chamar-se Mons. Costábile Hipólito, à esquerda da Av. Sete.
[2] Champanini, teve uma “Voz do Poste”, no centro e bairros. Até um auditório, onde, menino, assisti espetáculos; também Vicente Gallo Sobrinho teve histórico serviço de alto-falantes espalhados na cidade.