Cidade
Separadores estão atuando sem entidade de representação
A Associação de Separadores de Materiais Recicláveis Rainha da Fronteira (Asmar) não opera no aterro sanitário desde janeiro de 2017. O local foi interditado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e o galpão onde os trabalhadores realizavam o processo de triagem e separação de resíduos necessita de reparos.
A Asmar atua em Bagé desde junho de 2006. Cerca de 35 separadores trabalhavam na associação. O catador de lixo Aroldo Oliveira Silva, 57 anos, integrava a Asmar há 10 anos. "Antes com a associação, eu tirava um dinheiro bom por mês, mais ou menos R$ 300, e hoje não dá quase nada trabalhando direto no lixão. Tenho cinco pessoas em casa para sustentar e não estou dando conta", lamenta.
Roberto Maier trabalhava na associação desde 2006 também. Segundo ele, no final, apenas 11 separadores estavam atuando no local. "Eu consegui um emprego provisório em uma vinícola, mas espero que a Asmar volte a funcionar depois das reformas no galpão. Cada um teve que seguir seu rumo. Alguns permaneceram catando lixo no aterro e outros no centro da cidade", conta.
Nova cooperativa
De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente e Proteção ao Bioma Pampa, Aroldo Quintana, não é possível manter a associação. Conforme ele, a ideia é formar uma cooperativa mais adiante. "O galpão terá que passar por reformas, pois os equipamentos estão sucateados, porém, isso necessita de tempo. O que eu posso dizer hoje é que não terá mais a Asmar, e sim uma cooperativa, com a participação de técnicos ambientais e separadores de lixo", afirma.
Quintana diz que os antigos trabalhadores da Asmar podem integrar a cooperativa, entretanto, terão que receber treinamento.