Região
Prefeitura de Aceguá cede área para Corsan concluir obra de saneamento
por Jaqueline Muza
Para dar prosseguimento à obra do Projeto Binacional de Saneamento Urbano Integrado do lado brasileiro de Aceguá, que iniciou no final de dezembro de 2018, a Prefeitura vai ceder uma área para Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), destinada à Estação de Bombeamento de Esgoto 2 (EBE 2). A cessão de uso será válida até 1º de outubro de 2035.
A obra é realizada com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), Corsan, Prefeitura de Aceguá e Obras Sanitárias del Estado (OSE) do Uruguai. No lado uruguaio, a obra começou em agosto de 2017 e já foi concluída.
Conforme o vice-prefeito de Aceguá, Julio César Monteiro (Teda), a área cedida fica na Rua 510, com extensão superficial de 31,5 metros quadrados e faz parte do Sistema de Esgotamento Sanitário do Município de Aceguá. Ele explica que a EBE 2 vai ser executada na via pública, mais especificamente na calçada e será subterrânea. “A cedência não interfere na mobilidade urbana, mas, por ser em via pública, a Prefeitura fez essa cessão de uso”, disse.
O vice-prefeito informa que a EBE serve para conduzir o esgoto de um lugar mais baixo, para outro mais alto, fazendo com que, a partir daí, siga se deslocando por gravidade. Segundo ele, obra está praticamente paralisada e somente intervenções nas estações de bombeamento e tratamento do esgoto foram efetuadas. “A paralisação, em parte , se deu devido à pandemia e também pelo pedido de um aditivo de valor junto ao Focem. Hoje, está com mais de 80% da rede coletora pronta”, disse.
O projeto binacional foi apresentado ao Focem, em 2012, na gestão anterior do prefeito Gerhard Martens e teve o convênio assinado em 2013, pelo ex-prefeito Júlio Pintos. A obra foi aprovada em 2013. Dois anos depois, em 2015, foi liberada a licença ambiental pela Fepam. Em julho de 2016, a Corsan realizou um processo licitatório para compra de materiais, que foi cancelado pelo Focem.
A obra, que abrange nove quilômetros de rede de coleta, distribuição e tratamento, pretende englobar 100% das residências, nos lados uruguaio e brasileiro. Ou seja, após a conclusão, a obra irá beneficiar em torno de 1,2 mil pessoas na zona urbana de ambos as cidades-gêmeas.
A construção inclui a execução de 12.549 metros de redes coletoras nas bacias 1, 2, 3 e 4, além de 577 ramais prediais, estações de bombeamento, linhas de recalque, Estação de Tratamento de Esgoto com vazão de cinco litros por segundo e emissário final de Sistema de Esgotamento Sanitário (SES).