Campo e Negócios
Novo modelo de vigilância é discutido com Ministério da Agricultura
por Redação JM
Um novo modelo de vigilância, baseado em risco, foi a pauta da reunião entre representantes da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, do setor produtivo gaúcho e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na terça-feira, 12. De acordo com Ana Carla Vidor, médica veterinária da Divisão de Febre Aftosa do Ministério, foi contratada uma consultoria para identificar as áreas de maior risco para febre aftosa no país e desenvolver um sistema de vigilância nas áreas de maior ocorrência, as mais vulneráveis.
O chefe da Divisão de Febre Aftosa do Mapa, Diego dos Santos, destacou o Rio Grande do Sul como piloto nestes projetos de vigilância. Entre os programas desenvolvidos pela Secretaria está o Sentinela, que desde julho do ano passado faz a vigilância sanitária em 1,2 mil quilômetros de faixa de fronteira com o Uruguai e Argentina.
O consultor e professor da UFRGS, Luiz Gustavo Corbellini, apresentou o modelo, que visa fortalecer as medidas para prevenir a febre aftosa e o sistema de vigilância nacional, através da redução dos riscos de introdução e exposição dos animais ao vírus, da redução dos riscos de disseminação, da coleta de dados e da notificação precoce, caso venha a ocorrer.
Marcelo Göcks, da coordenação do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) na Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, destacou a importância da aproximação do setor produtivo com o Serviço Veterinário Oficial (SVO). Segundo ele, “o estado não tem olhos suficientes para detectar precocemente qualquer problema. E com o apoio dos produtores, teremos olhos em todos os lugares, em todas as propriedades”.
Os primeiros treinamentos deste modelo começam em fevereiro através de EAD (Ensino à Distância), em dois módulos. E o projeto piloto está previsto para abril no Distrito Federal.
O Rio Grande do Sul foi formalmente decretado como zona livre de febre aftosa sem vacinação pelo Mapa em agosto de 2020. E aguarda reconhecimento internacional dado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), durante assembleia geral que vai ocorrer em maio deste ano, na França.