ELLAS
Traços da vida e da arte de Sylvia Martins (contracapa)
Essa semana, quem retornou a Bagé e deu uma pausa na agenda para um encontro intimista, na AZ Galeria, foi a artista plástica Sylvia Martins. Aliás, a visita a Angela Zaffari teve teor profissional, já que Sylvia apresentou, no mais lindo espaço cultural de Bagé, três de suas obras.
por Viviane Becker
Muitos já ouviram falar sobre a bajeense que foi casada com o ator Richard Gere. Inclusive, sua autobiografia bilíngue, em inglês e português, que foi lançada em 2018, relembra, entre outras histórias, o casamento de oito anos com Gere, com o qual mantém amizade até hoje.
A vida da bajeense, filha de fazendeiros, sempre gerou curiosidade. A jovem e linda descendente da família Martins foi cedo estudar no Rio de Janeiro, onde formou-se em Comunicação Visual. Em 1979, se mudou para Nova York, para estudar na School of Visual Arts, e, com Richard Pousette-Dart, na Art Students League. Em seguida, conheceu seu primeiro marido.
Conta a história que essa gaúcha de Bagé fazia a alegria da imprensa nacional, que festejava a relação de uma brasileira com um dos maiores astros de Hollywood. Desde 1999, Sylvia é viúva do empresário milionário Constantine Niarchos, que teve uma morte trágica, quando eles ainda moravam em Londres. Depois disso, a bajeense voltou para Nova York e começou a praticar ioga e meditação, que ajudaram a superar a perda, além da pintura, é claro.
A arte
A artista plástica tem em seu currículo uma produção multidisciplinar, passeando por diversas técnicas — desenhos, gravuras, colagens, fotografias. Sua arte deixa transparecer a inquietação da artista que atualmente vive e trabalha entre a cidade de Nova York e o Rio de Janeiro.
De acordo com informações disponíveis no seu site (http://www.sylviamartins.com), suas pinturas e desenhos são quase abstrações que evocam imagens da natureza e formas orgânicas. As influências incluem design étnico, antropologia, artes decorativas e rituais. Sylvia não segue tendências, o foco é a própria pintura.
Ultimamente ela tem feito experiências com fotografia digital, explorando texturas e brincando com imagens e cores. Seu trabalho pode ser encontrado em inúmeras coleções públicas e privadas na América do Sul, Europa, Ásia e Estados Unidos. Em Bagé, na AZ Galeria também poderemos apreciar sua arte!