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Orquestra de Metais Rubens Veiga adquire instrumentos para projeto contemplado na Lei Aldir Blanc

por Jaqueline Muza
O projeto “A renovação por meio do fazer social”, desenvolvido pela Orquestra de Metais Rubens Veiga, adquiriu instrumentos musicais para o início das atividades. A orquestra foi contemplada com recursos da lei Aldir Blanc. A compra dos equipamentos ocorreu no mês de janeiro. O projeto teve como proponente a musicista e produtora cultural Hélen Jandrey.
Conforme um dos idealizadores da Orquestra, Jeferson Ramires, a entidade foi contemplada com R$ 75 mil para a compra de instrumentos musicais. Foram adquiridos quatro clarinetes, quatro flautas transversais, dois saxofones alto, um saxofone tenor, três trompetes, três trombones, um euphonium, uma tuba, 20 estantes de partituras, 20 métodos de música, palhetas de saxofone e clarinete, correias e baquetas.
De acordo com Ramires, o projeto pretende atender adolescentes em situação de vulnerabilidade social, oriundos da periferia, estudantes da rede pública de ensino, sem oportunidade de acesso ao ensino de música, jovens de comunidades vulneráveis à criminalidade, com histórico de dependência química na família. “Nosso propósito é melhorar a comunidade onde vivemos”, disse.
O músico salienta que busca um local para as aulas, que devem contemplar cerca de 30 crianças e adolescentes entre 12 e 16 anos. Ele salienta que os componentes da orquestra irão ministrar as aulas de forma voluntária. “Ainda estamos em diálogo com algumas instituições públicas que manifestaram interesse em apoiar o projeto”, informa.
O idealizador ressalta que, anualmente, um número expressivo de concursos públicos acontecem no Brasil, para instituições como forças armadas, policias militares, corpo de bombeiros, guardas municipais, e existe uma demanda grande de instrumentistas para a renovação de suas bandas. “Sabendo disto, assumimos o dever de direcionar o ensino destes jovens, formando músicos competitivos para o mercado de trabalho”, garante.
A Orquestra de Metal Rubens Veiga iniciou as atividades no carnaval de 2019 e é um grupo sem fins lucrativos, apenas cultural e histórico, que traz ao público as tradicionais marchinhas de Carnaval, com acréscimo de músicas populares atuais. Pensando na continuidade do trabalho, segundo Ramires, o projeto irá ajudar no legado do maestro Rubens Veiga, que foi professor e um dos incentivadores dos instrumentos de sopro em Bagé.