Social
Covid-19 e as questões de gênero
por Viviane Becker
Embora a falta de testes, de informações padronizadas e a preocupação com a subnotificação existe, dados mostram maior incidência de Covid-19 nos homens.
Informações coletadas até 2 de novembro, pela plataforma Global Health 50/50, que reúne um banco de dados internacional, voltado à igualdade de gênero na saúde, mostra que 57,2% dos 36.805 que morreram pela Covid-19 na Itália eram do sexo masculino. No Equador, eles eram 66,4% dos 12.181 óbitos. No México, 64% dos 89.171 mortos.
E há países onde mais que o dobro de homens morreu em consequência da doença. É o caso do Peru, onde 69,4% dos 34.187 que morreram eram homens. Mesmo onde os dados de gênero e sexo são parciais, como no Brasil, a incidência de morte em razão do vírus era maior em homens - 57,8%.
Vale lembrar:
- Em média, no mundo, nascem cerca de 105 homens para cada 100 mulheres.
- Morrem mais meninos do que meninas nos primeiros anos de vida.
- Na vida adulta mulheres passam a viver mais do que os homens em praticamente qualquer lugar do mundo.
- A expectativa de vida para elas é, em média, de seis a oito anos maior.
- Para cada homem com um século de vida, há quatro mulheres
- E das pessoas que chegam aos 110 anos de idade, mais de 95% são do sexo feminino.
- Estudos mostram que os homens foram desproporcionalmente afetados tanto na Gripe Espanhola de 1918 quanto no surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), em 2003.
- A ideia de uma suposta fragilidade biológica do sexo masculino, vem ganhado força Um dos principais defensores dessa teoria é Sharon Maolem, o geneticista que previu o fenômeno em janeiro.
Fonte: Uol.com.br