Cidade
Obra da Subestação Candiota 2 deve ser finalizada em setembro
por Jaqueline Muza
O Comitê de Planejamento Energético do Estado do Rio Grande do Sul (Copergs) realizou, na quinta-feira, a primeira reunião online do ano com representantes de empresas que estão construindo as linhas de transmissão no RS.
Estiveram presentes no encontro integrantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia), além dos representantes das seis empresas vencedoras dos leilões da Aneel.
As obras devem aumentar significativamente a capacidade de transmissão, as quais permitirão o escoamento da energia produzida por futuras unidades de geração, tais como eólica, na metade sul e litoral norte do Estado, além de qualificar o abastecimento de energia nas regiões de Caxias do Sul, Porto Alegre e Região Metropolitana. No total, serão agregados 7,6 gigavolt-ampere (GVA) ao sistema eletroenergético gaúcho.
Representantes do Consórcio Chimarrão Transmissora de Energia S.A, formado pelas empresas Cymi Construções e Participações e pela Brasil Energia Fundo de Investimentos, da Brookfield informaram que a obra da Subestação Candiota 2, que será interligada através de linhas de transmissão com Guaiba 3, deve ser finalizada em setembro deste ano. O empreendimento compreende 1,2 mil quilômetros de linhas de transmissão e duas novas subestações de energia. Candiota faz parte do grupo chamado “Escudo Rio-grandense”, que registra a maior linha de transmissão do Consórcio, com 272,84 quilômetros.
A obra iniciou no final de janeiro de 2020 e o prazo limite de entrega é até março de 2023. O empreendimento pretende aumentar a disponibilidade de transmissão de energia no Rio Grande do Sul e, somente em Candiota, garantiu cerca de 300 empregos diretos e indiretos. O investimento é de R$ 2,4 bilhões para a execução dos trabalhos.
Consórcio
A Eletrosul Centrais Elétricas foi vencedora do Lote A do Leilão de Transmissão realizado em 2014, pela Aneel. A partir disto, desenvolveu e avançou em etapas do projeto de engenharia e do licenciamento ambiental na Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), vinculada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul.
Em 2018, foi declarada a caducidade da Concessão relativa ao Lote A da Eletrosul; assim, os empreendimentos foram divididos nos Lotes 10, 11, 12, 13 e 14, e fizeram parte do novo Leilão de Transmissão Aneel, realizado em dezembro de 2018. Nessa ocasião, o Consórcio Chimarrão arrematou o Lote 10.
Após a homologação do resultado do leilão, foi criada a Chimarrão Transmissora de Energia S.A., que passou a ser concessionária de transmissão de energia elétrica, como transmissora, responsável pela implantação, operação e manutenção desses empreendimentos por um período mínimo de 30 anos consecutivos.
Detalhes das obras
Consórcio Chimarrão (Lote 10/2018)
• Investimento: R$ 2,4 bilhões
• Empregos gerados: 6.088
• Municípios atendidos: Candiota, Pinheiro Machado, Piratini, Canguçu, Amaral Ferrador, Dom Feliciano, São Jerônimo, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Barão do Triunfo e Sertão Santana.