COVID-19
Anunciada inclusão de professores como público prioritário para aplicação de vacinas
por Redação JM
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou, na sexta-feira, durante agenda com a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), algumas mudanças no Plano Nacional de Imunizações (PNL). Uma das alterações é a inclusão de professores na lista de grupos prioritários para o recebimento das doses, já a partir de março.
“Vamos fazer uma adaptação no Plano Nacional de Imunizações (PNI) para incluir os professores o mais rápido possível na vacinação, já a partir de março”, disse Pazzuelo.
O tópico de priorização de docentes, que vem sendo discutido desde o início do processo de vacinação, foi levantado, recentemente, em Bagé, quando o então ministro da Cidadania e agora secretário-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, esteve no município. Na ocasião, o prefeito Divaldo Lara solicitou atenção para o caso tendo em vista a necessidade de imunização dos professores como medida fundamental para uma possível retomada das aulas presenciais.
Na Rainha da Fronteira, aliás, esta questão motivou mudanças no sistema de ensino da rede municipal, que inicialmente projetava um retorno com o sistema híbrido de ensino. Identificando dificuldades, o Executivo optou por retomar as aulas, a partir de 1º de março, de forma 100% remota, já estabelecendo que aulas presenciais ocorrerão somente após a imunização dos profissionais de Educação.
“Vai nos permitir retomar a Educação”, avalia prefeito
Ao tomar conhecimento da decisão, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, fez uma avaliação positiva da decisão, lembrando do pedido por ele para Onyx. “Fico feliz do governo ter discutido, analisado nosso pedido e aceitado a quebra cronológica de vacinação abrindo, a todos os professores, serem vacinados como grupo prioritário. Isso vai nos permitir retomar a Educação”, comentou.
Em termos locais, aliás, o prefeito lembrou que a imunização dos docentes terá reflexos locais positivos. “Bagé é um polo educacional. Então a cidade ganha com isso, a região ganha com isso, o Rio Grande do Sul e o Brasil. E principalmente a saúde de todos esses profissionais que passam, a partir do momento da imunização, a ser preservada. É um gesto muito forte dos governos, que reconhecem a importância desses profissionais”, complementou ao relatar que foi comunicado da decisão, por telefone, pelo próprio Pazuello, assim como pelo secretário-geral de governo do presidente Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni.
Mudança na vacinação
Na agenda com os prefeitos, Pazuello também anunciou uma mudança na estratégia de vacinação. A partir de agora, não haverá mais reserva de metade do imunizante recebido para aplicação da segunda dose. Isso porque, de acordo com o ministro, já há garantia de produção suficiente para a aplicação posterior em tempo hábil.
Segundo Pazuello, a nova remessa de vacinas é composta por 2,7 milhões de doses do Instituto Butantan (Coronavac), produzidas no Brasil, e mais 2 milhões da vacina da AstraZeneca/Oxford, importadas da Índia pela pasta.
“Vamos mudar o modelo para autorizar a dose única da vacina do Butantan. Com isso, entramos em março com quantitativos melhores. Serão 4,7 milhões de doses e 4,7 milhões de brasileiros vacinados”, comentou, na ocasião.