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Um ano de COVID-19 e os números continuam crescendo

Quem imaginaria que o aniversário de um ano da chegada da Covid-19 no Rio Grande do Sul seria marcado com o pico da pandemia, o momento mais crítico de todos, em que se acumulam mortes, dores e sofrimento? Quase todo mundo conhece alguém que morreu pela doença, mas, mesmo assim, ainda proliferam comportamentos negacionistas. Contei minha história pessoal para que muitos saibam que a doença não é brinquedo, só os amigos que me apoiaram durante a quarentena têm conhecimento do quanto sofri nesses 15 dias de dores, medos e incertezas.    

Em 11/03/2021 às 00:25h
Viviane Becker

por Viviane Becker

Um ano de COVID-19 e os números continuam crescendo | Social | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

 

Enfrentamento à pandemia

Sei que esse espaço é dedicado à coluna social, que deveria trazer imagens bonitas mostrando o lado bom da vida, mas, antes de qualquer coisa, sou jornalista e tenho a obrigação de informar. O papel da imprensa é mostrar a realidade dos fatos, uma das formas que os meios de comunicação estão fazendo é através de relatos de pessoas que estão padecendo pela doença, ou sofrendo com suas perdas.

A vacina que a humanidade depositava toda sua esperança chegou, mas ainda vai demorar muito tempo para que toda a população seja imunizada. Hoje, o que sabemos de concreto é que estamos vivendo uma guerra real, só que com poucas armas e quase nada de munição.

 

"Meu pai, meu avô e eu fomos hospitalizados na mesma ala"

Estimulada pelo meu relato particular, Andreia Vasques compartilhou seu depoimento no Facebook. Conversei com ela e obtive a permissão de contar sua história aqui.

 

"Também tive o covid-19 nesse estágio mais brando, tive febre de 38,2 ºC, dores horríveis no corpo, dor de cabeça, agulhas na cabeça, na ponta dos dedos das mãos e pés, dores nos rins, pois sou diabética. Meus sintomas começaram dia 3 de dezembro, que foi uma febrícula (estado febril) de 37ºC. No segundo, terceiro, quarto dia dores no corpo e na cabeça e febre, quinto dia fiz o teste. Não perdi olfato nem paladar, mas não conseguia comer, pois estava fraca, sem ânimo. Força mesmo só pelos meus filhos que precisam que eu fizesse comida para eles. No sábado já não comi, e nem fiz almoço, nem as duas garfadas de comida que era o que conseguia comer, não comi, meu esposo insistiu para eu ir consultar, relutante fui, pois na minha cabeça o que eles fariam por mim, pois no dia do exame na UPA, já sai medicada. Fui à tarde consultar minha saturação estava 91, já sabia que dai pra frente viriam coisas ruins. A médica falou vou te deixar baixada, meu mundo caiu, pois com duas filhas pequenas em casa (seis e dois anos) que nunca ficaram longe de mim. Mas a médica disse que eu precisava ficar por precaução, pois de uma hora para outra eu poderia precisar de oxigênio. Não precisei, Graças a Deus! Fiquei quatro dias internada e vim para casa, terminar minha quarentena, pois já estava melhor. Meu esposo, nem filhos pegaram, tenho as pequenas e um menino de 19 anos.

Quando baixei no sábado meu pai diabético baixou também, foi direto para o oxigênio, não tinha leito na UTI. Na manhã de domingo ele não estava mais respondendo e fiz uma mobilização nas redes sociais, consegui leito, mas ele não foi entubado, pois acho que não tinha aparelhos, de noite meu pai faleceu, teve uma parada cardíaca e veio a óbito. Meu irmão foi na UTI, para fazer a identificação por foto. Meu pai não teve direito a um velório e a família não pode se despedir. Ele completaria 64 anos, dois dias depois do seu falecimento.

Meu avô também estava hospitalizado na mesma ala que nós, desde o dia 10 de dezembro ele tinha enfisema pulmonar. Dia 10 de janeiro meu avô de 91 também faleceu por complicações que o Covid deixou.

Esse é meu relato, eu acredito que não tive mais problemas, pois Deus tem promessas na minha vida que ainda ao de se cumprir. Espero que as pessoas possam ver esse relato e terem consciência.".   

Andreia Vasques, 33 anos

 

 

Nossos sentimentos por todas as vidas perdidas durante a pandemia. Apesar do sofrimento que nos cerca, é preciso ter esperança que isso, um dia, vai passar. Neste momento, proteja a si mesmo e as pessoas ao seu redor.

Sejamos fortes!

 

 

 

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