Cidade
Aeroporto de Bagé conta com novo superintendente
por Jaqueline Muza
O servidor federal e profissional de serviços aeroportuários, Michel Rosa, assumiu a superintendência do Aeroporto Comandante Gustavo Kraemer, em Bagé. Ele é o segundo bajeense a assumir o cargo. Além do setor administrativo, ele está responsável pelo Plano de Transição da Gestão Aeroportuaria (PTO), que irá auxiliar a transferência dos sete servidores da unidade para outros órgão federais, após a realização do leilão de concessão do terminal, marcado para acontecer no dia 7 em abril.
Rosa trabalha no aeroporto desde 2010. Ele conta que já atuou em vários setores da unidade e, por fim, estava auxiliando o último superintendente, Anilson Silveira Gonçalves, que foi transferido para Pelotas. O novo superintendente comenta que os servidores sediados em Bagé devem ser transferidos para outros órgão federais com sede no município. “A maioria está optando pela cedência”, disse.
A venda do aeroporto integra a sexta rodada de concessão aeroportuária, que abrange 22 terminais administrados pela Infraero. A contribuição inicial de cada bloco ficou definida com valores mínimos. Para o Bloco Sul, que inclui o aeroporto de Bagé, o valor ficou definido em R$ 130.203.558,76, o maior entre os três blocos ofertados. Esse valor é pago imediatamente após o leilão, acrescido do ágio ofertado pela licitante. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), nessa rodada de concessões, a contribuição variável não é uma parcela fixa, mas um percentual da receita obtida a partir do quinto ano.
O valor dos contratos contempla a receita estimada de toda a concessão, totalizando R$ 14,5 bilhões para os três blocos, sendo R$ 7,4 bilhões para o Bloco Sul, formado pelos aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Bacacheri, no Paraná; Navegantes e Joinville, em Santa Catarina; Pelotas, Uruguaiana e Bagé, no Rio Grande do Sul. Este é o maior valor entre os três blocos.
O valor do contrato para o Bloco Norte (que abrange os aeroportos de Manaus, Tabatinga e Tefé, no Amazonas; Porto Velho, em Rondônia; Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre; e Boa Vista, em Roraima) foi estimado em R$ 3,6 bilhões; e o valor para o Bloco Central (que abrange os aeroportos de Goiânia, em Goiás, São Luís e Imperatriz, no Maranhão; Teresina, no Piauí; Palmas, no Tocantins; e Petrolina, em Pernambuco) foi estimado em R$ 3,5 bilhões.
As concessões integram o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, criado por lei, em 2016, para ampliar e fortalecer a interação com a iniciativa privada por meio da celebração de contratos de parceria e de outras medidas de desestatização. Além do aeroporto de Bagé, direitos minerários de reservas de carvão de Candiota também podem ser ofertados através do PPI.