Fogo Cruzado
Consórcio que conta com cidades da região recebe R$ 4 milhões para vacinas e insumos
por Redação JM
Liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), que conta com 1.890 prefeituras, incluindo Bagé, Dom Pedrito e Lavras do Sul, iniciou seus trabalhos na quarta-feira, 30, com a posse da diretoria e o compromisso de doação de R$ 4 milhões da Natura & Co. América Latina, que reúne as marcas Avon, Natura, The Body Shop e Aesop. A doação pode ser destinada à compra de vacina contra a Covid-19 e insumos de saúde necessários ao enfrentamento da pandemia.
Para integrar o Conectar, as cidades precisam aprovas leis municipais específicas, garantindo a adesão. A legislação bajeense foi aprovada no dia 18. O Consórcio conta com a manifestação de interesse de mais de 2,6 mil municípios, sendo 25 capitais.
Formada por 15 prefeitos, a diretoria do Conectar foi eleita na segunda-feira, 29. O presidente é o prefeito de Florianópolis, capital de Santa Catarina, Gean Loureiro; o primeiro vice-presidente, Edmilson Rodrigues, é prefeito de Belém, capital do Pará; e a primeira vice-presidente é Cinthia Ribeiro, prefeita de Palmas, capital do Tocantins. O vice-presidente para capitais da região sul é Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre. Jairo Jorge, prefeito de Canoas, integra o Conselho Fiscal.
O Conectar conta com a consultoria técnica da epidemiologista Carla Domingues, que esteve à frente do Programa Nacional de Imunização (PNI) por dez anos. O Consórcio mantém tratativas diplomáticas com os Estados Unidos, para sensibilizar o país em relação ao cenário da pandemia no Brasil. Entre as propostas colocadas pelo consórcio à embaixada americana está a possibilidade de empréstimo de doses da vacina da AstraZeneca, que estão estocadas nos Estados Unidos.
Também já existem tratativas com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), para que interceda junto ao Covax Facility (mecanismo global para distribuição equitativa de vacinas) pela ampliação da participação na aquisição de doses e antecipação das entregas para o Brasil. O governo brasileiro, quando aderiu ao Covax Facility, tinha opções de adquirir doses equivalentes a 40% da sua população, mas optou por apenas 10%.