Cidade
Prêmio Trajetórias Culturais classifica nove projetos em Bagé
por Jaqueline Muza
O Prêmio Trajetórias Culturais – Mestra Sirley Amaro, executado pela Secretaria da Cultura (Sedac) e pelo Instituto Trocando Ideia, publicou, nesta semana, a lista de projetos classificados para receber apoio cultural. Em Bagé, nove projetos foram selecionados, em vários segmentos. O Prêmio Trajetórias é de reconhecimento do Estado e da sociedade civil para as pessoas que vivem da cultura e transformam vidas por meio da arte nas diferentes comunidades.
A iniciativa é financiada pela Lei Aldir Blanc (Lei 14.017/2020), com o objetivo de facilitar o acesso aos recursos para o segmento cultural, um dos mais afetados com a pandemia do coronavírus. O edital pretende contemplar 1,5 mil trajetórias culturais de pessoas físicas, distribuídas nas nove Regiões Funcionais dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), no valor de R$ 8 mil para cada premiação, totalizando R$ 12 milhões.
Os inscritos apresentaram as suas trajetórias nos seguintes segmentos culturais: Audiovisual; Artesanato; Artes Visuais; Circo; Culturas Populares; Cultura Viva; Dança; Diversidade Linguística, Livro, Leitura e Literatura; Música; Teatro; Memória e Patrimônio; e Museus. A seleção contemplou pontuação específica para diversidade e pessoa física, sendo 51% para cotas sociais – autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, ciganos, mulheres trans/travestis, homens trans e pessoas com deficiência (PCDs).
Entre os classificados de Bagé, estão Adriana Gonçalves Ferreira, no setor de museus; Claudionor Borges dos Santos – circo; Elisandra Rocha Machado – dança; Jeferson Souza Ramires - música; Mario Nei Brondani, culturas populares; Michel Godinho, teatro; Neimar Pires Rodrigues, culturas populares; Nilva Jardim – diversidade Linguística, livro, leitura e licenciatura, e Tiago Cesarino, Memória e patrimônio (música).
Homenageada
O Prêmio presta homenagem à mestra griô Sirley Amaro, pelotense, nascida em 1935 e falecida em 2020, por ter contribuído, significativamente, com os saberes tradicionais, com a cultura popular e com o programa Cultura Viva, do extinto Ministério da Cultura. Sirley disseminou e protegeu os conhecimentos ancestrais do povo negro do Rio Grande do Sul durante anos e ficou conhecida em outros estados por sua atuação na conservação e perpetuação do conhecimento da cultura negra.