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Após mais de um mês de internação, idosa de 89 anos recebe alta no Hospital Universitário
por Melissa Louçan
Após 40 dias internada no Hospital Universitário da Urcamp, a idosa Maria Francisca Lacerda Feijó teve alta na manhã desta terça-feira. Com muita alegria e festa, a família foi recebê-la na saída do HU, onde estava nos leitos clínicos de recuperação para pacientes contaminados pela covid-19. Agora, a idosa poderá celebrar os 90 anos em casa, junto à família, no próximo mês.
A filha, Paula Feijó Brose, explica que a mãe começou a apresentar febre pouco depois de realizar a segunda dose da vacina Coronavac. Na época, a família pensou se tratar de alguma reação à vacina. Porém, após uma das filhas positivar para o vírus, Maria Francisca realizou um exame, que também a diagnosticou com o vírus.
A família a levou até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), onde um exame revelou uma mancha no pulmão. A idosa foi internada no mesmo dia no Hospital Universitário, para acompanhamento dos sintomas, por se tratar de uma pessoa dentro do grupo de risco. Já no hospital, a idosa teve piora no quadro pulmonar. Mas, na semana passada, começou a apresentar melhora e teve alta na manhã de hoje.
Mesmo em casa, a idosa deverá manter uma rotina de fisioterapia pulmonar, aliado com o oxigênio via cateter nasal, enquanto os médicos julgarem necessário. “Ela nunca teve outros problemas de saúde, somente os pulmões foram comprometidos pela covid”, explica a filha. Uma consulta com pneumologista, amanhã, deve dar mais detalhes do tratamento que a idosa seguirá em casa.
Enquanto esteve internada, a idosa esteve lúcida o tempo todo e, inclusive, conversava com a família por vídeochamada todos os dias. O amor dos familiares e o tratamento e acompanhamento dos profissionais da saúde que cuidaram de Maria Francisca, no Hospital Universitário, foram primordiais para a recuperação da idosa, de acordo com a filha. Paula, inclusive, agradeceu a equipe que acompanhou a recuperação das mães. “Foi maravilhoso, só temos gratidão com toda a equipe, incansáveis, amorosos. Ela foi muito bem tratada”, destaca.
Sobre presenciar um caso de recuperação de uma idosa no grupo de risco, em meio a notícias diárias de óbitos de pacientes com o mesmo perfil, Paula acredita que o caso poderia ter sido agravado caso a mãe não tivesse recebido a imunização. “Acho que se ela não tivesse feito a vacina, poderia ter sido pior. Talvez a vacina tenha amenizado o problema”, avalia.