Empreendedor
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por Melissa Louçan
Consumo brasileiro recua
O consumo das classes C e D do Brasil recuou 5% em abril, depois de já ter caído em março (-4%) e fevereiro (-28%), de acordo com a Pesquisa de Hábitos de Consumo das Classes C e D da Superdigital, fintech do Santander. O levantamento é realizado mensalmente e busca traçar o perfil do consumidor dessas classes sociais. No Rio Grande do Sul a pesquisa apontou que os gastos recuaram 13% em abril ante março, um salto negativo significativo, já que em março a queda foi de 4%. O Estado ficou atrás apenas do Rio de Janeiro que teve uma queda de 26%. Drogaria e Farmácia fechou o mês com queda de 11%, seguido por Diversão e Entretenimento (-10%) e Combustível (-10%). Contudo, o destaque foi a recuperação nos gastos com Companhias Aéreas, com crescimento de 153%, contra uma queda de 39% em março. Hotéis e Motéis também subiram 28%, apontando que os gaúchos voltaram a viajar.
Em termos setoriais, as maiores quedas registradas em abril na comparação com março foram em Rede Online (-14%), Companhias Aéreas (-7%), Diversão e Entretenimento (-6%) e Combustível (-4%). Enquanto isso, cresceram os gastos com Lojas de Roupas (10%), Prestadores de Serviços (9%) e Lojas de Artigos Diversos (4%).
Saldo positivo em contas públicas
As contas públicas registraram saldo positivo em abril pelo segundo mês seguido, segundo dados divulgados hoje (31), em Brasília, pelo Banco Central (BC). O setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, apresentou superávit primário de R$ 24,255 bilhões no mês passado, o maior resultado positivo para o mês da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001.O resultado primário é formado pelas receitas menos os gastos com juros, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Assim, quando as receitas superam as despesas, há superávit primário.
Em abril de 2020, houve déficit primário de R$ 94,303 bilhões, devido aos gastos extraordinários necessários para o enfrentamento da pandemia de covid-19. No primeiro quadrimestre, houve superávit primário de R$ 75,841 bilhões, contra o déficit de R$ 82,583 bilhões, de janeiro a abril de 2020.
Em 12 meses, encerrados em abril, as contas acumulam déficit primário de R$ 544,526 bilhões, o que corresponde a 7,08% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Em dezembro, essa porcentagem era de 9,44% (R$ 702,950 bilhões), devido aos déficits causados pela pandemia.
A meta para o déficit primário do setor público consolidado é de R$ 250,89 bilhões este ano.