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Estudantes bajeenses participam de Olimpíada Brasileira de Satélites
por Jaqueline Muza
Três estudantes de Bagé estão participando da primeira edição da Olimpíada Brasileira de Satélites MCTI. As jovens Isabelli Simões Marques, 14 anos, que estuda nono ano do Ensino Fundamental do Colegio Franciscano Espirito Santo, e as estudantes do Ensino médio do Instituto Federal Sul Riograndense, Maria Clara Menezes Kloppenburg Soares e Helen Gabriele Veleda Araújo Cardoso, conquistaram o 3º lugar, no Rio Grande do Sul, na primeira fase seletiva. As três meninas só se encontram de forma online e não se conhecem pessoalmente.
Além disso, Isabelli participa da etapa internacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia, onde alcançou nota 9,2, o que a classificou para as seletivas que irão selecionar os integrantes brasileiros nas fases internacionais. Esse resultado é preliminar; o oficial sai no dia 11 de junho.
Conforme o pai de Isabelli, Tiago Rolim Marques, a Olimpíada Científica é de abrangência nacional, realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, e organizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em conjunto com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) e a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da Universidade de São Paulo (USP). “Muitas equipes de todo Brasil se inscreveram. Na primeira etapa, foram selecionadas equipes que seguem na disputa em seletivas regionais, mas a última etapa pode ser a participação de evento internacional e do lançamento do seu satélite”, informa.
Marques salienta que são três categorias: Ensino Fundamental, Médio e Superior. E Isabélli, embora esteja no Fundamental (9° Ano), optou por participar no nível Médio. Ele conta que voltou a morar em Bagé no ano passado, ao longo da pandemia, e por essa razão a menina encontrou dificuldade de formar equipe no nível fundamental. “Foi muito difícil encontrar pessoas dispostas a montar equipe, até que conseguimos contato de professores do IFSul que compraram a ideia e ajudaram a formar uma equipe totalmente feminina, o que é um diferencial na OBSat”, enfatiza
O pai salienta que ele e a mãe de Isabelli, Cristiane Soares Simon Marques, são pesquisadores. Ele trabalha como administrador na Embrapa e a ela é veterinária, com doutorado em Zootecnia. “A paixão por estudar vem de berço”, afirma. Orgulhoso, o pai ressalta que, ano passado, Isabelli disputou vagas em High Schools americanas, para no futuro trabalhar na Nasa, pois em uma viajem que a família fez à Flórida, um dos locais visitados foi a agência espacial e a menina ficou encantada. “Ela fala inglês com fluência e diz que será a primeira astronauta brasileira mulher”, relata.
Conforme Isabelli, a participação é desafiadora, mas durante o processo é possível encontrar muitas pessoas que dão apoio. “No final é muito gratificante ver que o que tu fez deu certo e você se desenvolveu demais em vários aspectos”, relata.