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Projetos Integradores da Urcamp: transformando e impactando a comunidade

Em 10/07/2021 às 11:00h
Yuri Cougo Dias

por Yuri Cougo Dias

Projetos Integradores da Urcamp: transformando e impactando a comunidade | Urcamp | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Material orienta prevenções para pacientes que se recuperaram da doença - Foto: Yuri Cougo Dias

Resolver problemas reais na comunidade e já estabelecer conhecimento de causa é o que pauta o trabalho dos Projetos Integradores, atividade que integra o modelo de ensino da Graduação I da Urcamp. Diversos trabalhos feitos pelos acadêmicos foram apresentados entre segunda e quinta-feira, na V Mostra Institucional de Projetos Integradores. Mesmo com a modalidade online, os alunos conseguiram adaptar-se à realidade e impactar empresas, organizações, entidades, repartições públicas e a comunidade em geral.

Alguns dos projetos, inclusive, servirão como modelo para direcionar novos rumos numa sociedade com transformações cada vez mais velozes. “Nesta modalidade online nos foi permitido, assim como no ano passado, mesclar todos os cursos e campus, e isso é muito importante para o aluno para que eles vejam o que os outros estão fazendo e se instrumentalizar para novos projetos. Mais uma vez, foram projetos riquíssimos apresentados, lembrando que são os trabalhos destaques do módulo. São experiências maravilhosas, projetos desenvolvidos para entidades públicas, privadas, para profissionais autônomos, entidades assistenciais, foi uma semana muito produtiva e isso só mostra que estamos no caminho certo, naquele intuito da Graduação I, onde o aluno pratica a sua formação profissional desde o início. Saímos satisfeitos, participaram alunos, professores, mentores, coordenadores, uma semana de muito orgulho e alegria para todos nós”, destaca a pró-reitora de Ensino, Virgínia Dreux.

Para melhor compreensão de que tipos de resultados foram obtidos neste semestre, nos Projetos Integradores, segue abaixo alguns exemplos práticos de como o modelo impacta na vida da população.

Cartilha com protocolos pós-covid-19

Muito se discute sobre as medidas que devem se adotar para evitar a contaminação ou de como tratar pacientes positivados com covid-19. Mas há pouca informação disponibilizada de que tipos de medidas preventivas são necessárias para o paciente que se recuperou da doença. Esse foi o ponto de partida que motivou os estudantes do quinto módulo do curso de Enfermagem, Alielly Camargo, Bruno Pichler e Tárcia Ferreira. Sob a orientação da professora Elisa de Vargas e a mentoria da enfermeira Claudia Pereira, o grupo elaborou uma cartilha, com orientações aos pacientes pós alta da Unidade de Tratamento de Covid-19 do Hospital Santa Casa de Caridade de Bagé.

A medida atendeu uma demanda do próprio hospital, que constatou um índice elevado de óbitos de pacientes recuperados da covid-19, mas que foram prejudicados, posteriormente, por sequelas originadas da doença. Segundo Pichler, um dos integrantes do grupo, este é um assunto que recém começou a ser discutido pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS). “Há muitos pacientes que adquirem piora tardia, como trombose, embolia pulmonar, AVC isquêmico e hemorrágico, infarto. Hoje, inexiste protocolos para isso. Então, recorremos há vários estudos e artigos científicos. Surgiu, então, o folder ilustrativo, e como forma de homenagem, no folder há avatares dos próprios profissionais de saúde que estão na linha frente da unidade covid da Santa Casa. Fizemos uma linguagem bem acessível para facilitar o aprendizado. Queremos que esse conhecimento atinga não somente o paciente que teve covid-19, mas o máximo de pessoas”, destaca.

Com isso, Pichler afirma que a Urcamp cumpre seu papel social como instituição de ensino. Ele destaca, também, que o projeto teve o patrocínio de Laboratório Grillo e Clínica Dr. Jorge Luiz Boemo. “Não fizemos esse projeto somente para tirar nota e colocá-lo na gaveta. Queremos que tenha sequência e, embora estejamos no interior, mostra a importância da Urcamp em formar profissionais de ponta”, observa.

Abrigo para passageiros com acessibilidade

Conforto, segurança e acessibilidade foram os pilares que embasaram o trabalho dos estudantes do módulo dois do curso de Arquitetura e Urbanismo, Helena Paiva, Marcos Moreira e Vinícius Ferreira. Sob a orientação da professora Fernanda Barasuol e mentoria da arquitetura Carolina Marinho, os acadêmicos atenderam uma demanda da Prefeitura de Bagé, que consistia no desenvolvimento de um abrigo para passageiros, com capacidade para quatro pessoas.

Além da capacidade, a estrutura planejada pelos estudantes também caracterizava-se pela acessibilidade, ou seja, um módulo para cadeirante, com piso tátil. O projeto também prevê a disponibilização de um bicicletário para que pessoas possam deixar o veículo no local, de uma foma segura e organizada. “Para isso, utilizamos três materiais principais: o alumínio na estrutura, a madeira e o concreto, pois são de fácil acesso e muito utilizados. São materiais leves, baratos e de fácil manutenção”, ressaltam os estudantes na explicação do projeto.

Com isso, os estudantes propuseram, à prefeitura, uma possibilidade de oferecer um ambiente confortável para os cidadãos, mas com materiais econômicos e flexíveis para terem manutenção quando fosse necessária. “São materiais simples, mas que combinam entre si. Valorizam o ambiente que está em volta e incentiva às pessoas a utilizarem o transporte público com conforto, segurança e acessibilidade”, salienta Helena, integrante do grupo.

Podcasts para Jornal Ponche Verde

Fazer com que os meios de comunicação do interior ampliem sua disponibilização de conteúdo foi o objetivo dos acadêmicos do curso de Jornalismo quando selecionaram a demanda, na Plataforma Sou I, do Jornal Ponche Verde, de Dom Pedrito. Para isso, os estudantes do sexto módulo, Richar Borges, Sharon Maia e Lucas Zacouteguy, com mentoria de Norton Ferreira e coordenação do professor Glauber Pereira, produziram uma série de podascts para o jornal.

Entre 29 de abril e 25 de junho, foram quatro episódios, com foco na divulgação das notícias de Dom Pedrito, porém, com linguagem e formato adaptado ao público das mídias sociais. “Precisávamos idealizar algum produto que ajudasse o jornal a migrar o formato impresso para o digital, com uma linguagem completamente usada na internet. No sexto módulo, estávamos estudando sobre Mídias Sonoras, então, pensamos no podcast, que é um formato muito maleável. Nisso, levávamos as notícias que já tinham sido publicadas no jornal, mas de uma forma mais descontraída e acessível”, explica Sharon, integrante do grupo.

A série foi denominada de “Conversa de Quinta” e, mesmo que a produção tenha sido feita de modo remoto, deixou seu legado para o Ponche Verde. “Uma das nossas metas era a melhora de desempenho do Ponche Verde no Instagram, e conseguimos. Foi uma experiência gratificante. Particularmente, foi o Projeto Integrador mais realista ligado ao trabalho de jornalista que participei”, conclui a aluna.

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