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Segurança

Morre Brito, líder de esquema de agiotagem que ficou famoso em Bagé

Em 13/07/2021 às 01:01h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Morre Brito, líder de esquema de agiotagem que ficou famoso em Bagé | Segurança | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Arquivo Jornal Minuano/Museu Dom Diogo de Souza

Volme Lemos Silva, conhecido como Brito, de 71 anos, morreu na manhã desta segunda-feira, dia 12. Ele estava internado na Santa Casa de Caridade de Bagé, tratando uma neoplasia maligna de estômago.

Brito, como era conhecido, após receber o apelido quando jogava futebol no Guarany Futebol Clube e se assemelhar fisicamente a um jogador do Grêmio Futebol Portoalegrense deste mesmo nome, não ficou conhecido pelo esporte e, sim, pelo esquema de agiotagem que o levou à prisão em 1997, após movimentar, entre os anos de 1992 e 1997, cerca de R$ 35 milhões. A Justiça Federal decretou a prisão do líder do esquema de agiotagem mais famoso de Bagé em julho de 2000.

O juiz da Vara Federal de Bagé (RS), Roger de Curtis Candemil, decretou no dia 3 de julho de 2000, à noite, a prisão de Volme Lemos Silva, quando foi "estourado" pela Polícia Federal. Brito ficou recolhido no Presídio Regional de Bagé, após ser condenado por Candemil a 11 anos e quatro meses de reclusão e ao pagamento de 15.150 salários mínimos vigentes no final de 1994. A sentença também condenou o assessor de Brito, a pagar multa de 25 salários mínimos pelo valor da época, mas concedeu o benefício da substituição da pena de dois anos de reclusão - que lhe foi imputada por facilitação de crime - pela prestação de serviços à comunidade. O juiz determinou ainda a perda, em favor da União, de diversos imóveis do líder do esquema.

Os dois réus foram denunciados pelo Ministério Público à Justiça Federal pela operação, na região de Bagé, de uma estrutura que, sem a devida autorização legal, se equiparava a uma instituição financeira, oferecendo a investidores uma taxa de juros mensal de 15% para captar recursos que eram emprestados a outros, de quem exigia o pagamento de juros de 16% a 30% ao mês, em desacordo com a legislação. Eles também foram acusados de estelionato e ocultação de bens provenientes de crime contra o sistema financeiro nacional. Entre 1993 e 1997, Volme Lemos Silva emitiu mais de 16 mil cheques, muitos dos quais foram dados como garantia aos investidores e, não sendo pagos, resultaram na "falência" da sofisticada estrutura de negociações.

A "quebra" do esquema de agiotagem, no final de 97, teve grande repercussão social e econômica em diversas cidades da região - como Candiota, Pinheiro Machado e Lavras do Sul, além de Bagé -, pois prejudicou milhares de moradores que haviam investido dinheiro para obter rendimentos muito acima dos que eram pagos pelo mercado financeiro formalmente estabelecido. Foram lesados desde pequenos poupadores, que perderam as parcas economias de toda a vida, até pessoas que venderam tudo - inclusive terras e gado - para aplicar na "instituição".

Na época dos fatos, foi criada Associação das Vítimas da Agiotagem, cujo objetivo era buscar a indenização dos aplicadores atingidos. A história é tão famosa que a rua Osvaldo Amaral, onde ele morava, uma alameda ao lado do 3º Batalhão Logístico do Exército Brasileiro, é conhecida como o “Beco do Brito” por grande parte da comunidade.

Volme Lemos Silva, era solteiro e deixou o filho Adriano, que lamentou muito a morte do pai.  Ele foi sepultado às 17h30min de segunda-feira, no Cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé. 

 

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