Cidade
Empresas aguardam movimento do Dia das Crianças para projetar vagas temporárias em Bagé
por Jaqueline Muza
O Sindicato dos Lojistas de Bagé (Sindilojas) está realizando uma pesquisa no comércio bajeense para estimar o número de vagas temporárias e contratações para o final de ano. A maioria das empresas pesquisadas ainda não têm projeção de vagas e deve aguardar o movimento do Dia das Crianças (12 de outubro) para vislumbrar contratações.
Conforme o presidente do Sindilojas, Nerildo Lacerda, já foram consultadas cerca de 60 empresas e até agora nenhuma confirmou contratação para o final do ano. "Todas disseram que ainda é cedo para estimar”, disse. Ele informou que Bagé tem cerca de mil lojas, entre médias e grandes.
Lacerda salienta, entretanto, que em nível de estado existe uma estimativa positiva para as vagas temporárias e que devem ser gerados em torno de 35,2% postos a mais do que no ano passado. O presidente do Sindilojas ressalta que o Dia das Crianças não é uma data expressiva como o Natal e Dia das Mães.
Levantamento no Estado
Segundo a Pesquisa de Empregos Temporários 2021, realizada pela Fecomércio nos municípios de Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul, Ijuí e Pelotas, 33,4% dos estabelecimentos abordados têm a intenção de contratar trabalhadores temporários. A seleção de trabalhadores temporários será realizada no próprio estabelecimento em 79,1% dos casos.
A Fecomércio informou que a contratação de temporários deve representar incremento de 35,2% na força de trabalho dos estabelecimentos, uma quantidade levemente superior à contratada no ano passado.O presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn informou que o ano de 2021 foi muito melhor para o emprego no varejo do que 2020. “A boa notícia é que, conforme as expectativas dos empresários do comércio contatados pela pesquisa, 42,1% dos trabalhadores contratados como temporários possuem chance de efetivação após o final de seu contrato”, salienta.
A pesquisa também mostra que o processo seletivo, em 55,6% dos estabelecimentos, contará com algum tipo de exigência para o preenchimento das vagas. Entre as exigências, a mais frequente é a experiência (56,1%) seguida de grau de instrução (39,3%). A maior parte (89,6%) dos estabelecimentos que pretende contratar temporários deverá fazê-lo para a atividade de vendas/comercial. Em segundo lugar, aparece para a função caixa/crediário, 20,5%. A pesquisa revelou também que a falta de qualificação dos candidatos é apontada por 43,6% como uma dificuldade para contratação.
Mais da metade (53%) dos entrevistados teve a intenção de contratar afetada pela crise do coronavirus; nesse grupo o efeito predominante foi de redução na intenção de contratar, conforme apontaram 71,6% dos que sentiram efeitos da crise. A pesquisa conclui que, apesar do ano de 2021 não ter contado com interrupções tão severas da atividade econômica como o ano de 2020, é indiscutível que ainda está longe da normalidade. Os hábitos de consumo das pessoas mudaram, a renda sofreu uma profunda queda e a incerteza cresceu significativamente. Diante desse novo cenário, várias empresas se viram obrigadas a remanejar a força de trabalho e a adotar medidas de redução de custos. Quando questionados sobre os efeitos da crise na estrutura de funcionários da empresa 68,8% afirmaram terem sido forçados a implementar alterações na força de trabalho em virtude da pandemia.
O resultado da pesquisa foi baseado na análise das intenções de contratações com vistas a atender o aumento de demanda habitual do final do ano, o perfil do trabalhador contratado e as características da contratação. A técnica utilizada foi a de entrevistas in loco em estabelecimentos dos segmentos selecionados. Foram abordados 1154 estabelecimentos para compor a amostra de 385 estabelecimentos que responderam que pretendiam contratar ou que haviam contratado no ano corrente.