Cidade
Entidades avaliam impactos da parada nas redes sociais
Prejuízos ainda são estimados junto ao comércio local
por Jaqueline Muza
Cerca de 2,8 bilhões de pessoas ficaram sem comunicação na segunda-feira devido ao apagão nas redes sociais Facebook, Instagram e o WhatsApp. Os serviços são utilizados para trabalho, principalmente neste período em que muitas pessoas aindo trabalham em casa devido a pandemia. As plataformas também são utilizadas para agendamentos e até fechamento de negócios que ficaram sem comunicação durante o período de quase 7h. Em Bagé, as entidades Aciba, Sindilojas, Associação de Jovens Empreendedores (Aje) e Conselho Bajeense da Mulher Empreendedora (Cobame) avaliaram os impactos.
Para o presidente da Aje, Daniel Nalério, diretamente não houve grande impacto na economia porque foi apenas algumas horas, mas salienta que foi um contato que não foi feito, e a proatividade esta sendo avaliada. “Profissionais rapidamente buscaram outros meios pra não ter um delay tão grande”, disse.
Segundo Nalério, grandes empresas adotam canais de comunicação internas dentro dos seus sites e aplicativos. “Estamos todos muito dependentes de ferramentas socias, por isto, grandes marcas investem em seus app, que apenas o servidor caindo ou falta de internet levaria a falta de comunicação”, disse. Ele salienta ainda que se o aplicativo não funciona, pessoas comprometidas e focadas fazem sinal de fumaça, ligam, mandam e-mail ou até mesmo vão até a residência se tiver tanta emergência.
Conforme o presidente da Aciba, Ricardo Souza, a entidade ainda não fez um levantamento sobre impactos, até porque os dados serão diluídos durante a semana. Ele ressalta que a pequena e a média empresa, principalmente as que trabalham com tele-entrega foram profundamente afetadas. Para ele, todas as pessoas que ofertam seus produtos, fazem suas vendas e entrega pelas redes sociais tiveram um grande prejuízo. “As ferramentas estão inseridas nas vendas bem com as entregas”, enfatiza.
O presidente do Sindilojas, Nerildo Garcia Lacerda, informa que de uma certa maneira o comércio foi prejudicado, visto que negociações que estavam em andamento foram paradas de repente e muitos usuários desconheciam outra alternativas. Ele cita o Telegram como opção de aplicativo de mensagem.
A presidente do Cobame, Silvana Osband, ressalta que o impacto maior foi com estabelecimentos que utilizam as plataforma digitais como ferramenta em vendas. Para ela, o Whatsapp, em muitos casos, foi amenizado com o uso do Telegram, mas em relação ao Instagram não houve como substituir, causando sim alguns prejuízos financeiros. “Eu, que utilizo o Instagram como forma de divulgar meu produto, fui totalmente prejudicada”, conta.