Fogo Cruzado
Projeto de lei institui escola polo para alunos com surdez em Bagé
por Redação JM
O Legislativo bajeense avalia uma proposta de lei, apresentada pela prefeitura, que institui, na rede pública municipal, a escola polo para alunos com surdez. A escola, que funcionará na Fundação Bidart, vai atender desde a etapa da educação infantil, nível de pré-escola, até os alunos finais do ensino fundamental. A Câmara ainda não tem prazo para votação da matéria.
A Fundação Bidart já é uma referência. Pelo projeto do governo, a escola vai oferecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em conjunto com a Língua Portuguesa, fazendo um atendimento bilíngue a todos os alunos. A Libras será entendida como componente curricular. A Língua Portuguesa deverá contemplar o ensino da modalidade escrita, considerada como fonte necessária para que o aluno surdo possa construir seu conhecimento.
A proposta também estabelece que, para atuar no atendimento educacional especializado para pessoas com surdez, o profissional de educação, além da habilitação na área de atuação, deverá ter habilitação específica na área de surdez, em nível de graduação ou pós-graduação. E, além dos professores, a escola contará também instrutores de Libras e tradutor intérprete de Libras.
Além de atividades de formação continuada, o Projeto Político e Pedagógico do polo deverá contemplar condições adequadas ao desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo e social dos alunos surdos, experiências de exploração da linguagem, realização de ações que possibilitem às famílias o conhecimento de Libras e outros projetos que contemplem as especificidades educacionais dos alunos.
A proposição foi apresentada, ao Legislativo, pela secretária municipal de Educação e Formação Profissional, Adriana Lara. Na justificativa apresentada à Câmara, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, do PTB, argumenta que é 'necessário pensar nos processos inclusivos de alunos surdos, com ações que visem a capacitação de docentes e demais profissionais que trabalham na escola, para que compreendam as especificidades linguísticas e socioculturais dos alunos surdos'.