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Bióloga bajeense é premiada com trabalho de sustentabilidade na Amazônia
por Melissa Louçan
Formada em 2007 no curso de Ciências Biológicas da Urcamp, e atualmente professora da Universidade do Estado do Amazonas - UEA, a bajeense Marta Regina Pereira recebeu, neste mês, duas premiações - Prof. Benchimol e Banco da Amazônia - pelo projeto na categoria Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica". O projeto propõe uma maneira de substituir o mercúrio utilizado na extração de ouro pelo extrato da planta 'Ochroma Pyramidale’, popularmente conhecida como pau-de-balsa.
O trabalho desenvolvido pela bióloga faz parte da vanguarda de pesquisas que buscam a diminuição do uso de mercúrio nos rios da Amazônia - os altos índices de mercúrio estão diretamente ligados ao garimpo e é um dos principais problemas ambientais enfrentados no local.
Sobre os prêmios, a bióloga destaca: “Eu entendo (as premiações) como um reconhecimento ao trabalho que eu faço. Eu amo a Amazônia. É meu legado de vida ajudar a preservar a maior floresta do mundo. Ser reconhecida é sempre bom, mas o que realmente importa é tentar fazer a diferença usando a educação como ferramenta”, destaca.
Marta chegou em Manaus em 2009, junto ao noivo - também biólogo de formação e, atualmente, em missão militar nos EUA - Evangivaldo Silva, para realizar mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA. Em seguida, concluiu doutorado no INPA e University of Liège - Institute of Botany, na Bélgica.
Atualmente, Marta é professora da Universidade do Estado do Amazonas, onde ministra aula em quase todos os campus presentes em 17 municípios do interior do Amazonas.
Apesar de ainda ter família na região, na Colônia Nova, a bajeense conta que não pretende retornar ao Pampa de forma definitiva, apenas em visitas aos familiares e amigos. “ Aqui (na Amazônia) é meu lugar, o melhor lugar para um botânico”, declara.